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Homem de defesa, Alex lembra toco em Duncan e quer marcar LeBron

15 jul 2012 - 07h36
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Henrique Moretti

A frase "se consigo anular um jogador importante do adversário é como se fizesse 30 pontos" resume bem o papel de Alex Garcia na Seleção Brasileira. Homem muito importante na defesa, o ala-armador que já deu um toco no pivô Tim Duncan, de 2,11 m, deve ter mais um grande desafio na próxima segunda-feira, em amistoso contra os Estados Unidos, em Washington: marcar um de seus jogadores preferidos, o ala LeBron James, de 2,03 m.

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"Temos jogadores de estatura mais baixa como o Alex que faz o que faz, sendo incrível na defesa de jogadores muito maiores que ele", exclama o armador Marcelinho Huertas, capitão do Brasil, sobre o companheiro. O ala do Brasília tem 1,91 m, mas constantemente é a escolha de Ruben Magnano para marcar o principal atleta da equipe adversária. "Em nossa estrutura defensiva o Alex é um jogador muito importante", diz o técnico.

No último dia 6 de julho, Alex tinha a função de marcar Emanuel Ginóbili na derrota por 80 a 74 para a Argentina pela final do Super Four de Buenos Aires. Porém, teve de ser preservado após três faltas "duvidosas" ainda no primeiro tempo, as quais diz não ter cometido, o que facilitou a atuação do ala-armador, cestinha do encontro com 33 pontos, segundo análise de Magnano.

Na última quinta-feira, o Brasil deu o troco, batendo a Argentina por 91 a 75 na decisão de outro torneio amistoso, em Foz do Iguaçu. Com uma gastroenterite, Ginóbili não atuou desta vez; Alex sim e novamente se não foi brilhante no ataque, com três pontos, teve boa participação na defesa. "Cada um tem sua função na equipe, a minha é essa e tento desempenhar o melhor possível", afirma.

Na próxima segunda, o Brasil visita os EUA, atuais campeões olímpicos, em mais um teste antes da estreia na Olimpíada de Londres, contra a Austrália, em 29 de julho.

Questionado sobre os jogadores convocados pelo treinador Mike Krzyzewski, Alex sorri. "Vou falar o quê? Kobe Bryant, Lebron James, Kevin Durant. Acho que só falta o Dwyane Wade, né? O (Dwight ) Howard também não veio, mas estão os tops. Está legal a lista", avalia o brasileiro, citando astros da NBA e duas ausências da equipe: Wade e Howard passaram por cirurgias recentes, respectivamente no joelho direito e na coluna.

Mas qual integrante do "Dream Team" Alex prefere? "Rapaz, eu gosto muito do LeBron, mas o Kobe está uns degraus acima", reponde o jogador do Brasília, que deve marcar justamente o ala do Miami Heat em Washington. "Depende, se começar comigo e Leandrinho, Leandrinho e Marquinhos, ou eu e Marquinhos. Eu sou 3 ou sou 2, com Leandrinho na quadra sobro no LeBron James". Devido a uma lesão no abdome, Marquinhos não deve atuar nesta segunda, enquanto Leandrinho também pode ser poupado por causa de uma entorse no tornozelo esquerdo.

Será um desafio grande para o atleta do Brasília, mas não impossível para quem já deu toco em Tim Duncan. "Aquele toco lá foi uma cobertura. O (Anderson) Varejão tapou a frente dele, ele foi tentar sair do Varejão e eu peguei, mas foi tranquilo", lembra o ala, com um sorriso no rosto.

A boa atuação de Alex contra Duncan e os EUA, na derrota por 110 a 76 no Pré-Olímpico de Porto Rico, em 2003, abriu-lhe as portas para uma passagem na NBA, em que atuou pelo San Antonio Spurs na temporada 2003/2004 e pelo New Orleans Hornets na de 2004/2005.

De volta ao basquete do Brasil, ele desfrutará de outra oportunidade para encarar as estrelas americanas - e ressalta que a vitória não tem estado tão longe assim: "no Mundial agora estávamos com a última bola para vencer os EUA. Sabemos que os jogadores agora são diferentes, são os melhores, mas vamos fazer o nosso trabalho".

Na primeira fase do Mundial da Turquia, em 2010, o Brasil caiu diante dos rivais por 70 a 68. O País seria eliminado pela Argentina nas oitavas de final da competição, enquanto que os americanos, mesmo sem LeBron e Kobe, conquistariam a medalha de ouro.

Alex, que ri ao ser convidado por um repórter a citar outros grandes marcadores do basquete mundial, afirma: "não sei se estou no nível dos caras, mas tento fazer o melhor para ajudar a Seleção vencer e alcançar nossos objetivos".

Contra os EUA, o objetivo do Brasil, nas palavras do ala, é "fazer a parte tática, usar os pivôs porque é importante rodar e usar o amistoso para chegar bem à Olimpíada"; o objetivo pessoal de Alex mais uma vez será anular uma estrela adversária, provavelmente LeBron - contando com a possível ajuda de Varejão.

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"Muito importante" na defesa segundo Magnano, Alex Garcia se prepara para amistoso contra EUA
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Foto: Adriano Lima / Terra
Fonte: Terra
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