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Inconstante no jogo, Brasil perde para os Estados Unidos em amistoso

17 ago 2014 - 00h17
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Lances livres... Esse termo assombra a Seleção Brasileira masculina de basquete. Com um péssimo aproveitamento na linha (33%), a Seleção foi derrotada pelos Estados Unidos em amistoso de preparação para a Copa do Mundo, em Washington, por 95 a 78.

A equipe alternou bons e maus momentos em quadra, chegando a perder dois quartos, por 14 e 12 pontos e vencer dois, por seis e três pontos. A irregularidade, especialmente na linha de lances livres, com oito erros em 12 tentativas, e nos rebotes, custou a vitória à Seleção ou, ao menos, um placar menos dilatado.

- Fizemos um bom jogo, mas caímos na armadilha de perder a bola, jogar precipitado. E nos contra-ataques eles vão bem, foi aí que a gente falhou. No cinco contra cinco, dificilmente eles fizeram boas jogadas. Nós sabemos da dificuldade de jogar contra os Estados Unidos. Eles são favoritos para levar o título e não é por causa desse jogo que vamos perder nossa moral - disse Tiago Splitter, à SporTV, cestinha brasileiro, com 16 pontos.

- Foi ótimo, tiro meu chapéu ao Brasil, eles serão uma grande força na Copa do Mundo. Esperamos o ouro (no mundial), nada menos. Qualquer coisa que não for o ouro, é inaceitável - disse o confiante Anthony Davis, ao SporTV. Ele terminou a partida com 20 pontos.

Agora, a Seleção viaja à Eslovênia, onde disputa um torneio amistoso com os donos da casa, o Irã e a Lituânia, entre os dias 21 e 23 de agosto, para depois, viajar à Espanha, onde enfrenta o México em um amistoso (data a definir) e estreia contra a França na Copa do Mundo, dia 30 de agosto.

O JOGO:

PRIMEIRO QUARTO:

O Brasil começou bem a partida, mantendo o placar apertado e a distância em dois pontos. Porém, uma bola de três de Curry colocou a vantagem americana em cinco (15 a 10). Uma falta antidesportiva de Marquinhos deu dois lances à Harden, que marcou. Nenê conseguiu uma boa bandeja para manter o Brasil no jogo (17 a 12).

Magnano mexeu na equipe apenas na casa dos quatro minutos, enquanto os Estados Unidos rodavam bem seu elenco. Uma linda ponte aérea de Anthony Davis após dois erros brasileiros no ataque, colocaram a vantagem americana em seis pontos.

O Brasil parecia assustado em quadra, perdendo chances no ataque e mal nos rebotes. Em uma reposição de fundo errada e mais dois erros brasileiros, os Estados Unidos abriram 12 pontos (25 a 13).

A equipe continuou sofrendo até o fim do quarto, errando lances livres e infiltrações diante da forte defesa americana. No fim do quarto, os Estados Unidos conseguiram aumentar ainda mais a distância no placar, fechando a parcial em 29 a 15.

SEGUNDO QUARTO:

O segundo quarto começou com uma belíssima armação de Raulzinho para uma bola de três de Hettsheimeir. Novamente, Raulzinho fez uma bela jogada de ataque, mas Varejão desperdiçou a enterrada, que deixaria o Brasil nove pontos atrás. Na sequencia, Larry Taylor foi quem perdeu uma jogada, na tentativa de infiltração na defesa americana.

Mais uma bola de Hettsheimeir e a vantagem americana caiu para nove pontos, enquanto Taylor conseguiu um bom arremesso de três. A defesa brasileira melhorou e o ataque passou a pontuar mais, ainda que a defesa americana seguisse forte, abusando dos tocos no ataque do Brasil.

O ataque dos Estados Unidos começou a errar muito, e a equipe marcou apenas um ponto nos primeiros quatro minutos do quarto. Hettsheimeir seguia extremamente bem no quarto, marcando mais uma bola de dois, seu sétimo ponto na parcial. Com dois pontos de Marquinhos em lances livres, o Brasil derrubou a vantagem americana para cinco pontos (32 a 27).

Com a equipe titular de volta à quadra, o Brasil conseguiu seis pontos seguidos, com Nenê, Leandrinho e Splitter, colocando o placar em 35 a 33 para os Estados Unidos. Dois lances livres de Klay Thompson aumentaram a vantagem americana para quatro pontos. Com muitos erros em lances livres, o Brasil não conseguia se aproximar muito do placar.

Tiago Splitter teve um bom momento na parcial, passando por dois americanos e cravando bonito, trazendo a distância para seis pontos (41 a 35). Com quatro segundos no relógio, Derrick Rose fez uma linda jogada, recebendo a reposição no fundo da quadra e marcando uma linda bandeija, deixando o placar em 45 a 37 a favor dos Estados Unidos. Ainda assim, o Brasil venceu o quarto por 22 a 16.

TERCEIRO QUARTO:

A parcial começou com seis pontos americanos sem resposta do Brasil (51 a 37), até a cesta de Marcelinho Huertas diminuir o ímpeto dos Estados Unidos. Com um forte ataque de transição, os americanos seguiam pontuando e abriram vantagem de 12 pontos, enquanto Splitter já havia cometido duas faltas no quarto.

Leandrinho e Alex destoavam no ataque, enquanto Raulzinho, novamente, entrava bem na armação brasileira, mostrando ser boa opção para Marcelinho Huertas. O Brasil conseguiu reduzir a distância para sete pontos na metade do quarto, com a dupla Raulzinho e Varejão funcionando bem ofensivamente.

Com um rebote e cravada de Rudy Gay, mais um lance de bonificação, os Estados Unidos abriram 12 pontos novamente, enquanto a defesa pressionava e dobrava nos brasileiros. Rose levantou a torcida americana, ao "entortar" Raulzinho, enquanto Hettsheimeir marcou mais uma de três, mas seguia pecando com faltas bobas na defesa.

Mais um arremesso certeiro de três de Hettsheimeir e a distância voltava a sete pontos (66 a 59), até que Leandrinho marcou dois lances livres e reduziu a vantagem para cinco (66 a 61), forçando o treinador americano, "Coach K", a pedir um tempo em quadra. Kyrye Irving, companheiro de Varejão no Cleveland, marcou após uma boa infiltração, prontamente respondida por Raulzinho, que levou o quarto ao seu final, com 68 para os Estados Unidos, 63 para o Brasil. Mais um quarto vencido pelo Brasil, por 26 a 23.

QUARTO QUARTO:

Klay Thompson abriu o último quarto com uma bonita bola de três, enquanto o Brasil errou dois ataques seguidos. Em uma bola dividida, o Brasil chegou a atacar com quatro homens contra um, sem sucesso. Com três minutos de quarto, o Brasil perdia a parcial por 10 a 0, subindo sua vantagem para 15 pontos, a maior do jogo.

A Seleção marcou a primeira bola quando o relógio marcava 7 minutos, com Leandrinho, mas a cesta foi prontamente respondida por Anthony Davis, nome da parcial até o momento. Com Huertas mal na armação e cometendo uma série de faltas, a equipe sofreu um apagão em quadra, forçando Magnano a pedir um tempo, quando o placar mostrava 80 a 65 para os Estados Unidos.

Uma bola de três dos Estados Unidos seguia aumentando a vantagem dos americanos e o placar mostrava 87 a 68 para os donos da casa. Raulzinho fazia falta na armação, já que Huertas não encontrava seu melhor jogo. A falta das bolas de três de Hettsheimeir também era sentida, já que o jogador ficou fora de boa parte da parcial devido ao excesso de faltas.

James Harden conseguiu mais um arremesso de três levantando a torcida de Chicago e transformando a vantagem americana em confortáveis 20 pontos (92 a 72). Sem indícios do que seria uma "mágica" reação, os Estados Unidos seguiam marcando sem resposta dos brasileiros, que marcaram apenas nove pontos em oito minutos de quarto.

No fim, os Estados Unidos dividiram a vitória em dois quartos sobre o Brasil, mas dois atropelos. Na parcial final, a vitória veio por 27 a 15, fechando o jogo em 95 a 78.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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