Jovem morre aos 19 anos após realizar sonho de jogar na NCAA
A jovem Lauren Hill, caloura de uma universidade de Ohio, não resistiu à luta contra um câncer terminal no cérebro e morreu nesta sexta-feira, nos Estados Unidos. A americana de 19 anos foi diagnosticada no ano passado com difusão intrínseca do glioma, que ataca as células do cérebro e coluna vertebral e que geralmente ocorre com crianças de 5 a 7 anos, e emocionou o país com uma história de vida comovente.
Isto porque, meses depois de receber a notícia de que estava doente, Lauren tornou público um sonho que pretendia realizar antes de morrer: jogar uma partida com a sua universidade, a Mount Saint Joseph, na NCAA, principal torneio universitário do planeta.
E este desejo se realizou. Mais precisamente em 2 de novembro de 2014, no tradicional ginásio da Universidade de Xavier. O confronto foi entre Mount Saint Joseph e Hiram College. O duelo não seria disputado nesta data, mas a NCAA o antecipou justamente para que a jovem atleta pudesse entrar em quadra.
Lauren levou simplesmente 10 mil torcedores ao ginásio e provocou delírio quando recebeu a bola no garrafão e fez os dois primeiros pontos da sua equipe com uma bandeja. Nos minutos finais do jogo, ela ainda voltou à quadra e anotou mais uma cesta de dentro do garrafão. Na ocasião, a americana recebeu muitas homenagens e se emocionou aos discursar no centro das quatro linhas.
Hill foi diagnosticada com câncer cerebral em 2014, exatamente 49 dias depois de completar 18 anos. O tumor era inoperável. Como ela o descobriu? Graças ao basquete. “Eu não estava jogando como as minhas companheiras da faculdade de Lawrenceburg. Batia a bola algumas vezes e já me sentia cansada”, contou, em uma ocasião. “No início, imaginava que isto estava acontecendo apenas porque eu estava fora de forma”, acrescentou.
“Nunca me dei por vencida, inclusive depois deste diagnóstico terminal”, disse Hill, que viveu seu último ano de faculdade tendo que passar por duras sessões de quimioterapia. “Disse para minhas companheiras de equipe que não desistam nunca, porque eu sempre estarei vigiando-as. Se não estiver aqui, espero que elas sigam jogando melhor do que nunca e não sintam pena de mim”, decretou.
A linda história de vida de Lauren se encerrou nesta sexta-feira. Mas não sem antes deixar um legado: nestes poucos meses de luta contra o câncer, a americana de 19 anos ajudou os Estados Unidos a arrecadar US$ 1,5 milhão para pesquisas sobre a doença.
