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Lenda do basquete de Porto Rico, Ortíz deixa as drogas para ensinar a jovens

12 nov 2015 - 22h17
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Recuperado de uma dura experiência com as drogas, o ex-jogador José 'Piculín' Ortiz, a maior lenda do basquete de Porto Rico, passou a ensinar o esporte a crianças e jovens do país.

Com 52 anos, Ortiz disse em entrevista à Agência Efe que as drogas "não deixam nada" e que ter superado o problema o tornou capaz de ajudar os outros, especialmente aos jovens, a "fazerem coisas positivas".

Cinco anos depois de ter sido preso por ter plantado 218 pés de maconha em sua antiga casa em Porto Rico, Ortiz agora dirige o programa da Universal Basketball Academy & High Scholl (UBAHS), a primeira escola especializada do esporte no país.

Após ter se declarado culpado em março de 2012, o ex-jogador foi condenado a seis meses de prisão, quatro anos de liberdade condicional e seiscentas horas de trabalho comunitário, além de se comprometer a receber tratamento por sua dependência.

"Sempre foi um desafio para mim brindar os jovens com meu conhecimento. Eles têm que ter muito desejo de crescer dentro do jogo e aprender. Não ensinamos a ganhar ou a perder, mas a jogar", indicou Ortiz.

Na UBAHS, que fica em Yabucoa, no sudeste de Porto Rico, estudam 42 alunos, desde o quinto ao 12º ano. O local tem dormitórios, piscinas, academia de ginástica e uma quadra de basquete.

O ex-jogador, que foi draftado em 1987 pelo Utah Jazz, disse que o objetivo é ter 60 alunos no futuro próximo.

"Não queremos ter apenas jogadores altos, mas que também tenham ânimo. Se amam esse jogo, que o façam de verdade, que o amem de A a Z", completou.

Ortiz, que participou dos Jogos Olímpicos de Seul (1988), Barcelona (1992), Atlanta (96) e Atenas (2004), tem a responsabilidade de transformar em atletas esses 42 jovens, com apego ao respeito pelos valores humanos.

"Gosto de ensinar, dos jovens e de sua participação. É o mais bonito", disse o ex-jogador, que está em condição até maio de 2016.

O último torneio internacional disputado por Ortiz foram os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, quando Porto Rico surpreendeu ao derrotar os Estados Unidos, terminando na sexta colocação.

O diretor da UBAHS, Luis Cintrón, explicou à Efe que a ideia de contratar Ortiz foi para que o ex-jogador "fizesse um balanço" entre a experiência negativa que passou e a positiva de ensinar aos jovens o esporte com o qual deu tantas glórias ao país.

"'Piculín' mudou a estrutura da academia fortalecendo o basquete nos jovens. Não somos uma escola, mas uma academia de basquete que inclui o desenvolvimento acadêmico e o esporte", disse Cintrón.

EFE   
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