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NBA: Sterling mantém processo e recua na venda dos Clippers

10 jun 2014 - 06h56
(atualizado às 11h57)
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Acusado de racismo, dirigente foi banido da NBA, mas abriu processo contra a entidade
Acusado de racismo, dirigente foi banido da NBA, mas abriu processo contra a entidade
Foto: Getty Images

Donald Sterling, o proprietário do Los Angeles Clippers que foi banido da NBA por comentários racistas, decidiu manter a ação judicial contra a liga e o comissário Adam Silver, e retirou a aprovação para a venda da equipe por US$ 2 bilhões (cerca de R$ 4,5 bilhões). O advogado de Sterling, Max Blecher, confirmou a decisão em um e-mail enviado ao canal ESPN.

Sterling, cujos comentários racistas em uma conversa com a ex-namorada levaram Silver a baní-lo da liga profissional de basquete, havia anunciado na semana passada que concordava com a venda dos Clippers para o bilionário Steve Ballmer, ex-CEO da Microsoft.

"O acordo está cancelado", afirmou Blecher na mensagem enviada a ESPN, que também informa que Sterling deu instruções a seu advogado para seguir adiante com a ação de um bilhão de dólares contra a NBA e Silver.

Blecher não informou se a mudança de opinião de Sterling foi motivada pelo fato de a NBA não estar disposta a retirar a suspensão pelo resto da vida e a multa de US$ 2,5 milhões. "Decidi que tenho que lutar para proteger meus direitos", afirmou Sterling em um comunicado enviado ao canal NBC.

Os proprietários de equipes da NBA se reuniriam na semana passada para votar a obrigação de Sterling vender ou não os Clippers, mas o encontro foi cancelado quando o acordo com Ballmer, negociado pela esposa de Sterling, Shelly, parecia fechado.

A recusa da venda pode levar os proprietários de franquias a reprogramar a reunião e votar sobre o destino de Sterling como dono de equipe.

O bilionário repetiu um pedido de desculpas por ter afirmado em uma conversa gravada pela ex-namorada que não desejava a presença de negros nos jogos dos Clippers.

"Para ser claro, estou extremamente arrependido pelas declarações ofensivas que fiz em particular. Fiz estas declarações com raiva e ciúme no contexto de uma conversa privada", disse Sterling.

"Apesar de não ser uma desculpa para as declarações, como qualquer outro americano, eu nunca imaginei que minha conversa privada se tornaria pública", decretou.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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