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No cinquentenário do bi, campeões anunciam "última cesta" em filme

5 mar 2013 - 19h40
(atualizado às 20h17)
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Oito senhores septuagenários, alguns calvos e outros com respeitáveis cabelos brancos, se reuniram na tarde desta terça-feira para anunciar a última cesta de suas carreiras. Bicampeões mundiais em 1963, os ex-jogadores de basquete comemorarão o cinquentenário do feito com um documentário.

Campeã mundial no Chile-1953, a Seleção Brasileira teve a oportunidade de defender seu título dentro de casa. Sob o comando do lendário Renan Togo Soares, o Kanela, o time nacional ganhou o torneio de forma invicta ao superar adversários como Estados Unidos e União Soviética no Rio de Janeiro.

Paulista, Amaury, Jatyr, Wlamir, Sucar, Mosquito, Fritz e Menon, o único que ainda não completou 70 anos, simbolizam a época de ouro do basquete brasileiro. Primeiro bicampeão mundial da história (1959 e 1963), o País ainda faturou duas medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos (1960 e 1964).

Batizado de "Cesta Bicampeã", o documentário idealizado por Benedito Cícero Tortelli, mais conhecido como Paulista, está a cargo da produtora Giros e será dirigido por Belisário Franca. O projeto, aprovado na Lei do Audiovisual, espera arrecadar cerca de R$ 1,3 milhão. As gravações começariam em maio para finalizar o projeto em outubro.

"Não poderíamos deixar os 50 anos do bi mundial passarem em branco. Começamos pensando apenas em homenagens e agora temos a certeza de que deixaremos para o basquete do futuro o que essa geração fez nos anos 1950 e 1960. Será a última cesta da nossa geração para o basquete brasileiro", definiu Paulista.

Principal articulador do documentário, ele manifestou o desejo de promover um jantar comemorativo para mil pessoas no dia 25 de maio, data do cinquentenário, no Rio de Janeiro. Apoiado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Paulista espera receber algum incentivo governamental, ainda que não o considere fundamental."Acredito que o Ministério do Esporte queira participar. Se o governo quiser contribuir, estamos de braços abertos, mas não com o pires na mão. Nós temos capacidade de fazer. Se fizemos tantas cestas, por que não poderemos fazer a nossa cesta?", questionou Paulista.

Depois de levar o filme aos cinemas e à televisão, a ideia dos mentores do projeto é produzir um DVD, que seria divulgado em instituições de ensino como universidades e escolas para popularizar os feitos da geração bicampeã mundial entre os mais jovens.

"Atualmente, a maioria dos arquivos está na casa dos ex-jogadores e no exterior. O objetivo é construir uma memória documentada. Vamos buscar o máximo de material possível e fazer entrevistas com os campeões", explicou Maria Carneiro da Cunha, sócia e diretora executiva da Giros.

Uma das principais dificuldades, de acordo com os idealizadores, será encontrar material de arquivo do Mundial-1963, especialmente imagens. Desta forma, Paulista conta com a colaboração de pessoas que casualmente tenham registros da época do torneio.

"Soubemos de um cinegrafista de Petrópolis filmou parte dos jogos do Mundial, morreu e deixou todo o material para o filho, que depois deixou para o neto. Esse projeto vai resgatar tudo isso. Vamos precisar do subsídio das pessoas para fazer esse documentário", declarou Paulista.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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