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Brasil deslancha no último quarto e vence a 2ª no Pré-Olímpico

31 ago 2011 - 22h07
(atualizado às 22h57)
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Emily Canto Nunes
Direto de Mar del Plata (Argentina)

A Seleção Brasileira encontrou muito mais dificuldade e resistência para conseguir sua segunda vitória no Pré-Olímpico masculino de basquete nesta quarta-feira. Um dia depois de bater a Venezuela, a equipe comandada pelo argentino Rubén Magnano suou para fazer 69 a 57 no estreante Canadá, graças a um bom desempenho no último quarto, e assumir a liderança do Grupo A da competição disputada em Mar del Plata.

Melhores na defesa, atentos, encararam um time canadense que fez a lição de casa depois da derrota na Copa Tuto Marchand, preparatória para o Pré-Olímpico. Mesmo assim, o armador Marcelinho Huertas desequilibrou: foi o cestinha da partida 17 pontos, enquanto o ala Alex colaborou com mais 13.

Astro da Seleção e único da NBA que aceitou defender o Brasil no Pré-Olímpico, o pivô Tiago Splitter conferiu somente cinco tenos, mas foi o principal reboteiro do jogo, com dez.

A vitória nesta quinta manteve o Brasil na primeira posição da chave, com quatro pontos, assim como a República Dominicana. A Venezuela, com dois tentos em duas derrotas, é a terceira colocada, enquanto Cuba e Canadá, com um ponto cada, aparecem na lanterna.

A Seleção, agora, terá a oportunidade de descansar nesta quinta-feira, quando folga na rodada do Pré-Olímpico. O próximo compromisso será na quinta, quando enfrenta a invicta República Dominicana, principal adversário da chave. Já o Canadá, que não havia entrado em quadra na terça, pegará amanhã os dominicanos.

O jogo

De uniforme verde e um técnico vestindo um terno ainda mais impecável do que o de ontem, o Brasil entrou em quadra para encarar o Canadá com os mesmos cinco do jogo contra a Venezuela: Marcelinho Machado, Marcelinho Huertas, Giovannoni, Alex e Tiago Splitter. O Canadá abriu o placar, mas aos cinco minutos do primeiro período o Brasil encostou: 4 a 4. A defesa, apontada por Magnano e pelos próprios jogadores como problema da partida contra a Venezuela, começou funcionando.

Os rebotes que a Seleção não conseguiu pegar no jogo de ontem for bem sucedidos. Passada a estreia, os atletas estavam de fato mais concentrados.

Em Mar del Plata, o Brasil não teve apoio do público que permaneceu no Estádio Poliesportivo das Islas Malvinas pós clássico entre os vizinhos Argentina e Uruguai. Quase não era possível escutar o apoio dos poucos torcedores brasileiros ginásio, assim como quase não se via bandeiras verde-amarelas perdidas na multidão celeste e branca.

Com a velocidade de Huertas e o sucesso da defesa, logo o Brasil virou o jogo e chegou a 8-4 com bandejas do armador do Barcelona. A rotatividade começou cedo: no primeiro período entraram já Rafael Luz, Rafael Hettsheimer e Augusto Lima. O Canadá ainda conseguiu passar o Brasil, abrindo cinco pontos: 17 a 12.

Com a torcida aplaudindo o sucesso do adversário, os brasileiros se apoiaram um nos outros. Rafael Luz, 19 anos, foi um dos que mais chamava os colegas à luta. Logo o Brasil virou o placar e chegou aos 19 a 17. Com a entrada de Benite para ajudar na marcação e nas jogadas ensaiadas, o grupo conseguiu fluir mais na quadra.

Com uma assistência de Vitor Benites, Marcelinho Machado marcou um belíssimo ponto. Teve até tentativa de passe pelas costas. Com três faltas por conta da marcação pesada que vinha fazendo, Augusto voltou para o banco. Mesmo com as chegadas fortes do Canadá, o Brasil conseguiu terminar o segundo período com vantagem.

O terceiro período começou ainda mais nervoso, com o Canadá fazendo pressão e o Brasil pegando pesado no corpo a corpo. Alex sentiu dores no início do tempo com dores na região da nuca, chegando a ser aplaudido pela torcida, mas voltou para a quadra na segunda minutos depois.

A marcação cerrada apertou, e Giovannoni chegou a se estranhar com Kendall, arrancando gritos da plateia e levando uma anotação de falta. Tiago Splitter, grande nome da Seleção, atuou bem na defesa, especialmente nos rebotes, mas quase não pontuou, errando lances livres e passando quase todo o jogo com apenas um ponto.

Nezinho entrou para ajudar na defesa com a virada do jogo e a organizar o grupo, enquanto Marcelinho Machado tratava de manter a concentração e converter os lances livres das faltas cometidas pelo Canadá. No sufoco, com erros dos dois lados, o placar terminou 47 a 46 para o Brasil.

Os dez minutos decisivos começaram com um grande equilíbrio, e as duas equipes chegaram a ficar empatadas por 47 a 47 e, depois, por 50 a 50. Não demorou, contudo, para a Seleção conseguir se impor sobre o país norte-americano e abrir uma vantagem, que chegou a oito pontos, em 60 a 50.

Com a torcida impondo ritmo com as palmas, as vaias pararam e até foi possível ouvir um discreto "Brasil, Brasil, Brasil". O argentino Magnano, com a vantagem conquistada, até abriu um sorisso no banco.

Experientes e com muito tempo em quadra, Marcelinho Machado, Huertas e Alex provaram que ainda são mais do que necessários para conduzir a equipe à vitória, assim como Guilherme Giovannoni.

Fonte: Terra
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