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Conheça Jay-Jay, mascote azul e louco do Pré-Olímpico de Basquete

4 set 2011 - 12h45
(atualizado às 13h12)
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Emily Canto Nunes
Direto de Mar del Plata (Argentina)

Ele entra em quadra todos os dias de Pré-Olímpico de Basquete em Mar del Plata, várias vezes em uma mesma partida, e até repete algumas de suas brincadeiras loucas, mas não importa, é impossível não rir com Jay-Jay. O monstro azul que faz as vezes de mascote da FIBA Américas é claramente uma referência à Vila Sésamo, programa de televisão infantil da década de 70, e ao seu Cookie Monster, mas mesmo assim é autêntico.

Jeffrey Rivera tirou a máscara de Jay-Jay e mostrou sua identidade
Jeffrey Rivera tirou a máscara de Jay-Jay e mostrou sua identidade
Foto: Divulgação

Jeffrey Rivera, o portorriquenho nascido em Nova York por debaixo da roupa de Jay-Jay, conta que para que não se parecesse tanto com o personagem televisivo colocou um nariz e mãos amarelas na sua criatura. A roupa, diz ele, é feita no Canadá. Há cerca de dez anos trabalhando como Jay-Jay, Jeffrey conta que participa de 80% dos torneios da Fiba Américas, uma média de 10 a 14 competições por ano, além de torneios locais, e que fica até oito horas por dia na pele de Jay-Jay. Como se vê, vida de mascote não é fácil.

Para ser Jay-Jay, conta Jeffrey, é necessário ter preparo físico. "Vocês não notam porque como muito, me encanta a pizza", diz ele mostrando a barriga. "Mas faço exercícios e como frutas", ensina. Aos jornalistas brasileiros, ele confessou que gostaria de ir trabalhar com mascotes no País e que está só esperando o convite.

Jeffrey, que tem uma equipe de oito pessoas em Porto Rico, dá até treinamento de mascote. "É preciso ensinar, pois uma mascote como Jay-Jay tem que lidar com crianças, homens, mulheres entediadas com o jogo, pessoas que bebem muito, que estão loucas com o jogo, e com as pessoas especiais, que são as mais importantes", explicou.

Em Dourado, cidade próxima de San Juan, Jeffrey tem outras mascotes que aparecem em torneios locais. "Eu crio mascote como me pedem, faço roupas personalizadas e treino as pessoas", contou.

O dinheiro dá para viver, segundo Jeffrey, mas poderia ser melhor, como na liga de beisebol, onde ele também atua como mascote e na qual chega a ganhar 2,5 mil dólares (R$ 4,1 mil) por jogo. No estádio, Jay-Jay pode tudo. Com a roupa de seu personagem, ele conheceu todos os jogadores: Luis Scola, Emanuel Ginóbili e até Anderson Varejão, de competições passadas. "Como Jay-Jay, todos me conhecem, mas se tiro a roupa e os cumprimento, ninguém sabe quem sou", afirma Jeffrey.

A ideia de criar uma mascote nasceu quando Jeffrey ficou sem trabalho em Porto Rico e, como gosta de ser cômico, pensou em criar uma mascote. "Quando me visto de Jay-Jay faço loucuras, não me lembro de nada do que faço", disse. O nome foi sugestão de sua mulher, que juntou a inicial do nome do marido a dos filhos. Seu filho, aliás, Jeffrey Júnior, 21 anos, já treina para substituir o pai quando a aposentadoria chegar.

Para o Pré-Olímpico de Basquete, Jeffrey promete ainda mais palhaçadas, mais loucuras e mais fantasias. De Batman a Chapolin Colorado, a mascote azul da Fiba Américas se veste de tudo que é possível para fazer as pessoas se divertirem. "Nessa competição verão ainda J-LO, a mulher de Jay-Jay, que é bonita como a cantora Jennifer Lopez. Só não me visto muito de J-LO porque os árbitros estão em quadra e uma mulher atrapalha o trabalho", brincou.

"O Jay-Jay busca a felicidade, o sorriso", concluiu Jeffrey, que já quebrou o braço fazendo as piruetas de Jay-Jay e mesmo assim sempre volta à quadra.

Fonte: Terra
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