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Obras, TV e greve: Mundial de Basquete já sofre com críticas

31 ago 2014 - 13h57
(atualizado às 15h15)
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<p>Construção da linha que passa perto do ginásio de Granada começou em 2007 e tem previsão de conclusão para 2015</p>
Construção da linha que passa perto do ginásio de Granada começou em 2007 e tem previsão de conclusão para 2015
Foto: Rafael Duque / Especial para Terra

Antes mesmo de terminar o primeiro final de semana de disputa, a organização do Mundial de Basquete já teve que enfrentar problemas em algumas cidades-sede. A competição que ocorre na Espanha também sofreu críticas de alguns atletas por causa do escasso número de jogos transmitidos na televisão aberta.

Em Granada, cidade no sul do país que abriga o grupo do Brasil e da seleção anfitriã, as principais vias de acesso ao Palácio Municipal dos Esportes, local dos jogos, estão parcialmente interditadas devido à construção do metrô de superfície.

Apesar de não serem oficialmente parte das infraestruturas prometidas pela organização para o evento, era previsto que as obras do metrô terminassem antes do torneio. A construção da linha que passa perto do local de competição começou em 2007, e a última previsão para a conclusão é 2015.

Ainda na sede do grupo do Brasil, sindicatos de trabalhadores da rede de hotelaria decretaram greve na última sexta, véspera da abertura do torneio. Segundo os diferentes sindicatos, 70% dos funcionários pararam na ocasião.

Donos de hotéis estimaram o alcance da greve em menos de 20% do total de funcionários, mas alguns confirmaram que aproximadamente 70% dos empregados pararam na sexta-feira. Outra paralisação está prevista para ocorrer na próxima quinta, 4 de setembro.

<p>Obras e interdições complicam o trânsito em torno do local das competições no sul da Espanha</p>
Obras e interdições complicam o trânsito em torno do local das competições no sul da Espanha
Foto: Rafael Duque / Especial para Terra

Outro problema que afeta os torcedores que se hospedam em Granada, mas que tem abrangência nacional, é o horário de transmissão das partidas da Espanha. Devido ao pedido do canal de televisão que detém os direitos do campeonato, os jogos da seleção espanhola começam às 22h (horário local) e terminam à meia-noite, horário em que para o serviço de ônibus na cidade. Assim, os torcedores que vão ao Palácio Municipal de Esportes ficam sem opções de transporte público para retornar às suas casas.

Além dos horários dos jogos, outra crítica ao canal que transmite o Mundial é o pouco interesse da empresa em passar partidas que não são da seleção local. Os próprios jogadores espanhóis se manifestaram publicamente contra a decisão da empresa.

Pelo Twitter, o armador Ricky Rubio e o pivô Pau Gasol, dois dos principais jogadores do torneio, reclamaram que, no dia de abertura, apenas a partida da Espanha foi transmitida em televisão aberta.

"É sério que começou o Mundial e não passam nenhuma partida na TV?", perguntou-se incrédulo Rubio, armador do Minnesota Timberwolves, da NBA. Em mensagem que foi retuitada mais de 24 mil vezes, Gasol lamentou que os espanhóis não possam acompanhar uma competição que organizam em seu próprio país: "é uma pena que não se possa ver todos os partidos ao vivo da Copa do Mundo que organizamos em casa".

Portas fechadas

Em Bilbao, cidade-sede que abriga a seleção dos Estados Unidos, o problema encontrado pelos turistas são as portas fechadas da maioria dos comércios neste domingo.

A prefeitura da cidade estima que receberá para a competição aproximadamente 14 mil torcedores, dos quais quase a metade de finlandeses. O prefeito Ibon Areso lamentou a decisão dos comerciantes de fechar as portas e "não aproveitar a oportunidade para fazer negócios".

A região que tem Bilbao como capital prevê um impacto de 30 milhões de euros na economia graças ao Mundial, cifra que pode ser revista com a decisão dos comerciantes. A legislação nacional, com impacto na lei municipal, permite a abertura de comércios e restaurantes em até oito dias festivos (domingos e feriados) por ano.

Os sindicatos de comerciantes afirmam que no País Basco nunca se abriu comércios nos domingos, e que temem que abri-los agora, por causa do Mundial, pode criar um precedente que eles não querem que exista. A ocupação de hotéis e albergues na cidade atingiu quase 100% nos dias de jogo, e 95% das entradas para as partidas em Bilbao já foram vendidas

Fonte: Especial para Terra
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