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Scola reclama de Confederação e pode desfalcar Argentina no Mundial

24 jul 2014 - 21h27
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A seleção da Argentina de basquete masculino sofre uma crise às vésperas do Campeonato Mundial da modalidade, disputado de 30 de agosto a 14 de setembro. O ala-pivô Luis Scola criticou em uma entrevista publicada nesta quinta-feira a CABB (Confederação Argentina de Basquete) pelos problemas econômicos e pela má administração da gestão do ex-presidente Germán Vaccaro, que abandonou o cargo em maio.

O antigo mandatário do basquete argentino, que ficou no poder por seis anos, é acusado de não ter usado a verba, resultado de montantes recebidos por prêmios e patrocinadores, de maneira satisfatória. A demora em dar esclarecimentos revoltou Scola e outros atletas da seleção.

"Tenho muita raiva porque os dirigentes nos colocaram nesta situação angustiante. Se não realizarem uma mudança drástica, tudo vai acabar da pior maneira. O Mundial é muito menos importante do que isso. O que me importa se formos campeões mundiais, se em dois anos a CABB for à falência e perdemos nossa filiação à Fiba? Não serviria de nada ganhar a competição", reclamou Scola ao jornal argentino Clarín, que completou afirmando que está revendo sua participação no torneio internacional.

"Posso repensar minha presença se isso continuar acontecendo. Se fecharmos os olhos e olharmos para frente, isso vai continuar. Se é honesto, o basquete argentino tinha que voar e dar um salto gigante. Se continuar neste caminho, qual a graça de representar a CABB? Se não te dão transparência, honestidade e nenhuma auditoria. Não posso ser cúmplice. Se não jogo o Mundial é por causa de uma gestão horrível", revelou o jogador.

Luis Scola teve apoio de Manu Ginóbili, Andrés Nocioni e Pablo Prigioni, seus companheiros de seleção. Todos se expressaram nas redes sociais exaltando a atitude do capitão da Argentina.

"O capitão ficou bravo e me parece ótimo. Bem dito, Luis Scola", escreveu Ginóbili. Já Nocioni se expressou da seguinte maneira: "Como pensa o grande capitão. Bravos, decepcionados e tristes por esta situação. Eles tinham que ter vergonha". Prigioni pediu por modificações: "As declarações de Scola são para sentir e pensar. É o momento de mudar as coisas".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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