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Técnico do Unitri relata tensão em assalto: "Pelo menos estamos vivos"

12 nov 2014 - 16h50
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Assustado com o assalto sofrido pelo ônibus da equipe na madrugada desta quarta-feira, o técnico do Basquete Unitri, o espanhol Arturo Álvarez, relatou os momentos de tensão vividos no km 141 da BR-050, perto de Uberaba, no interior de Minas Gerais, mas se mostrou aliviado por ninguém ter se ferido com maior gravidade.

"Eles nos deixaram limpos. Nos roubaram as bolsas, os telefones... Mas pelo menos estamos vivos, que é o mais importante", declarou o treinador em entrevista à Agência Efe, na qual deu detalhes da ação dos criminosos.

"Cinco homens com pistolas entraram no ônibus. Disseram isso de 'é um assalto' e fizeram um buraco no meio do teto do ônibus com um disparo. Enquanto isso, um deles apontou para a cabeça do motorista e ordenou que ele seguisse sua caminhonete", lembrou Álvarez.

O ônibus do Unitri, de Uberlândia, e equipe do Novo Basquete Brasil (NBB), foi assaltado na última madrugada quando se dirigia para São Paulo, onde pegaria um voo para Fortaleza. O time enfrentaria o Basquete Cearense na noite desta quinta, mas a partida foi adiada.

Segundo Álvarez, o motorista parou o ônibus no acostamento da via depois que os assaltantes impediram a passagem atravessando sua caminhonete na estrada. Antes, eles já haviam disparado contra o veículo. Os criminosos obrigaram a delegação a entrar por cerca de dois quilômetros no interior de uma mata próxima à estrada e lá roubaram os pertences de todos os membros da equipe.

Um dos momentos de maior tensão do assalto foi quando um dos ladrões se dirigiu a O'Neal Mims, jogador americano que está no Brasil há apenas dez dias, para que levantasse os braços. Como não entende português, o atleta não obedeceu e acabou recebendo uma coronhada.

Após roubar a delegação, os criminosos levaram as chaves do ônibus e deixaram a equipe fechada dentro do veículo, abandonado no meio da mata, sem telefones e sem nenhuma maneira de entrar em conta com a polícia.

Depois de meia hora e, de acordo com Álvarez, com medo por não saber se os ladrões já tinham ido embora, os jogadores quebraram a janela e caminharam por cerca de meia hora até a estrada para pedir ajuda.

"Demoramos uma hora e meia para conseguir parar um veículo, um carro de uma empresa de segurança privada. Eles nos deixaram um telefone para ligar para a polícia, que demorou outra hora e meia para chegar", narrou o técnico, que resumiu a situação atual do Unitri: "A equipe está f...".

Álvarez dirigiu o Palmeiras na temporada 2012/2013 e agora tem o desafio de treinar o último colocado do NBB, que perdeu as duas partidas que disputou até agora, contra Mogi das Cruzes e São José.

EFE   
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