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'Torcida do Timão inteira' seria incapaz de frear o Real, diz Guerrinha

25 set 2015 - 08h21
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As partidas que definirão o campeão da Copa Intercontinental de Clubes de basquete serão disputadas neste fim de semana, nos dias 25 e 27 de setembro, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Campeões das Américas e da Europa, Bauru e Real Madrid duelarão pelo título mundial, conquistado quatro vezes pelos madrilenos, mas inédito para os paulistas. O técnico Guerrinha, da formação interiorana, não sabe se os 11 mil lugares disponíveis estarão ocupados por torcedores dispostos a apoiar o representante nacional. Porém, diante da superioridade técnica dos espanhóis, não vê muita vantagem em sediar os jogos.

"A gente tem que entender que, mesmo se fosse em Bauru e o ginásio Panela de Pressão estivesse lotado, para elencos desse nível não faz diferença. Será bom para a gente, claro, mas o Real não vai sentir de forma alguma. Nem se a gente tivesse aqui a torcida do Corinthians inteira, faria diferença para eles", afirmou o comandante.

Apesar dos esforços da Federação Internacional de Basquete (Fiba) para manter as entradas a um preço acessível aos torcedores, o técnico acredita que o "complicado momento financeiro do País" pode ser um impeditivo aos bauruenses que pretendem ir à capital paulista prestigiar a equipe.

"Viajar para São Paulo fica caro, ainda mais para quem quer assistir aos dois confrontos. Há despesa de viagem, de hotel, dos ingressos. Se o torneio fosse disputado em Bauru, com certeza estaria lotado", opinou.

Guerrinha acredita que a grande maioria do público irá ao Ibiraquera para acompanhar o espetáculo do Mundial de perto, mas não esconde aguardar a presença dos aficionados pelo basquete de Bauru. "Estamos esperando, sim, aqueles torcedores fanáticos. Além disso, São Paulo tem um público basqueteiro grande e haverá muita gente querendo testemunhar o espetáculo", avaliou.

Torcedor símbolo, idealizador da "Fúria 99" garante apoio ao Bauru

Torcedor símbolo e fundador da Fúria 99, torcida organizada do Bauru Basket, o empresário Jair Orti, de 59 anos, já viajou muito para acompanhar a equipe. Responsável por promover a caravana que partirá da Cidade Sem Limites rumo ao ginásio do Ibirapuera, o baurusense se orgulha em dizer que já fez "várias loucuras" para empurrar o time nas arquibancadas.

"A última foi ir até Cancún, no México, acompanhar o Dragão na Copa Sul-Americana. Nossa presença foi uma surpresa para os jogadores. Minha esposa Isa Orti e eu, uniformizados, demos apoio para o time na classificação para a final", contou Jair, para quem o momento mais emocionante do clube até agora foi o título do Nacional de 2002, também comandado por Guerrinha.

"Desde a fundação da torcida, já passamos por grandes momentos. O Nacional foi muito bacana, um momento inesquecível, assim como a final da Sul-Americana no Maracanãzinho. Agora vamos fazer uma caravana da Fúria para torcer pelo almejado título mundial. Cerca de 30 pessoas irão ao jogo de sexta-feira, e pelo menos 50 estão previstas para o jogo decisivo no domingo. Apoiaremos do início ao fim os guerreiros bauruenses", afirmou o torcedor, que concorda com a visão de Guerrinha sobre a força madrilena, mas pretende unir as demais torcidas paulistas para defender o representante brasileiro.

"Vamos agregar Palmeiras, Paulistano, Pinheiros, São josé e Mogi para somar conosco nas arquibancadas do Ibirapuera. A experiência do Raeal Madrid e de seus jogadores, mundialmente famosos, fará com que não se sintam abalados. Mas nosso grito de apoio com certeza fará os atletas do Bauru tirarem algo mais de dentro da quadra para bater a superioridade dos adversários", garantiu o aficionado. "Vamos torcer com o coração."

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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