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"Nova antiga casa"? Botafogo mira Caio Martins para 2016

12 jun 2015 - 08h14
(atualizado às 08h18)
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O Botafogo pode passar a jogar em uma "nova antiga casa" no próximo ano. Sem poder contar com o Engenhão em 2016, voltar a atuar no Estádio Caio Martins entrou na pauta alvinegra. O presidente Carlos Eduardo Pereira tem um estudo para viabilizar o retorno à casa que trouxe alegrias ao torcedor na Série B de 2003.

“A ideia é jogar em Caio Martins no Campeonato Estadual de 2016”, revelou o dirigente alvinegro. Em entrevista exclusiva ao Terra, Carlos Eduardo Pereira falou sobre a relação com o Fluminense, os primeiros meses de mandato, a situação do ex-presidente Maurício Assumpção e o trabalho da dupla René Simões e Antônio Lopes.

Caio Martins vivia estado de abandono
Caio Martins vivia estado de abandono
Foto: Botafogo / Divulgação

Voltar a treinar em General Severiano é uma das promessas da nova diretoria e a reforma do gramado da sede está em andamento, após a retirada do gramado sintético. “A gente quer que General Severiano volte a ser a sede do departamento de futebol”.

Terra - Como está o clube depois de sete meses no comando do Botafogo?

Carlos Eduardo Pereira -  O que mudou foi a maneira como o Botafogo é gerenciado, principalmente com relação aos credores. Em especial, Justiça do Trabalho, Procuradoria de Fazenda Nacional e ao elenco que o clube montou. Atualmente, além de pagar em dia, o Botafogo recolhe todos os seus impostos e encargos trabalhistas. A relação com o funcionário também mudou e não tem mais nenhum tipo de apadrinhamento ou indicação por amizade. Cortamos o grupo de pessoas ligadas ao ex-presidente e que eram PJ (pessoa jurídica). Dobramos o investimento na base do clube, passando de R$ 3 milhões para R$ 6 milhões.

Botafogo não poderá usar o Estádio Nilton Santos por causa dos Jogos Olímpicos
Botafogo não poderá usar o Estádio Nilton Santos por causa dos Jogos Olímpicos
Foto: Dhavid Normando / Futura Press

Terra - Qual o papel da dupla René Simões (técnico) e Antônio Lopes (diretor técnico)?

Carlos Eduardo Pereira - 

Esta dupla foi fundamental para o atual momento. Além de montar o elenco, eles organizaram o departamento de

futebol

com a experiência internacional deles. Tínhamos esta opção: experiência ou a renovação, como muitos clubes fizeram. Optamos pela experiência e começamos pelo René, uma pessoa testada e vencedora da Série B, e tivemos a sorte de contratar o Antônio Lopes, campeão mundial pela

Seleção Brasileira

e de muito conhecimento.

Terra - Dentro de campo, como está sendo lidar com jogador de futebol? É diferente do mundo empresarial?

Carlos Eduardo Pereira - 

Por agora, as demandas externas do Ato Trabalhista e dívidas fiscais têm demandado muito tempo de mim e do Nelson Mufarrej (

vice geral do Botafogo

). O futebol tem ficado mais com o Mantuano e do Lopes, mas não tenho dúvida que é uma relação bem distinta. Além de envolver valores e um desempenho difícil de ser mensurado, o meio empresarial você tem mais coisas práticas sobre as tarefas realizadas. No futebol, a tarefa pode ser bem feita, mas se a bola não entrar ela não foi bem realizada. A presença do Lopes e do René nos dá tranquilidade para aprender a lidar com estes momentos.

Terra - Quais são os passos para fechar o primeiro ano de mandato?

Carlos Eduardo Pereira - 

A reforma dos gramados de Caio Martins e de General Severiano são uma marca nossa, um compromisso, mas precisamos reorganizar o clube para que ele funcione de forma transparente e clara, prestando contas e divulgação dos balanços. Ainda não deu para fazer uma grande contratação porque estamos fazendo dentro da nossa limitação, do nosso patamar. O conjunto da ações está bom e não tem nenhum arrependimento, não.

Brasileiro: confira os gols de Botafogo 3 x 0 Mogi Mirim:

Terra - O futebol profissional voltará para General Severiano e o da base terá melhores condições em Caio Martins?

Carlos Eduardo Pereira - 

A hora que tivermos que entregar o Estádio Nílton Santos para o comitê olímpico, a gente quer que General Severiano volte a ser a sede do departamento de futebol. Temos toda a estrutura do futebol montada no nosso CT, com quartos, sala de musculação e podemos treinar em tempo integral. Com isso, vamos aproximar o futebol do sócio do clube. Em Caio Martins, a questão é concentrar tudo por lá e no Cefat também. Temos que reduzir as distâncias da base para diminuir os custos também.

Terra - Caio Martins pode voltar a ser estádio para o futebol profissional?

Carlos Eduardo Pereira -

Temos um estudo para 2016 porque não vamos contar com o Estádio Nílton Santos e o Maracanã. Com isso, vamos buscar uma parceria para voltar a jogar lá. A ideia é jogar em Caio Martins no Campeonato Carioca de 2016.

Antigo estádio Caio Martins pode passar por reformulação
Antigo estádio Caio Martins pode passar por reformulação
Foto: Botafogo / Divulgação

Terra - Na galeria de fotos dos ex-presidentes não consta a do Maurício Assumpção. Por que ela foi retirada?

Carlos Eduardo Pereira - 

Ela foi pichada, rabiscada e não conseguimos recuperá-la. Isso para o clube não é bom e, por isso, decidimos retirá-la.

Terra - O senhor tem relação com o ex-presidente ou fala com ele?

Carlos Eduardo Pereira - 

Nenhuma. Pelo contrário. Se eu fosse dizer tudo que penso a respeito dele e o que ele fez com o Botafogo, ele não iria gostar de ouvir.

Terra - Como é a relação do Botafogo com o Fluminense?

Carlos Eduardo Pereira - 

Hoje, não tem nenhuma relação com o Fluminense. Eles seguem o caminho deles e nós, o nosso. Não se trata de um coirmão. Rival, sim. Rival sempre. 

Fonte: Terra
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