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Eduardo Paes contesta obras do Engenhão: "foram feitas nas coxas"

9 mai 2013 - 15h31
(atualizado às 15h40)
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Problemas na estrutura do estádio levou ao fechamento
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Construído entre 2003 e 2007 para abrigar competições esportivas no Rio de Janeiro, o Engenhão custou R$ 380 milhões aos cofres públicos. Apesar do alto investimento, o estádio apresentou falhas em sua cobertura e acabou interditado no último dia 26 de março. Em entrevista concedida à Rádio CBN nesta quinta-feira, o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que os problemas na estrutura foram causados pela maneira relaxada com que as obras foram realizadas.

"Eu não fiz este estádio. Não quero me eximir das minhas responsabilidades como prefeito, mas as coisas foram feitas nas coxas, correndo, em cima da hora", destacou o político que começou a cumprir seu mandato em janeiro de 2009.

Originalmente orçado em R$ 60 milhões, o Estádio Olímpico João Havelange é projeto dos arquitetos Carlos Porto, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raymundo Ferreira Gomes. A Riourbe, da Secretaria de Obras do Município do Rio de Janeiro, foi a responsável pela fiscalização da construção, que teve consórcio vencido pela Odebrecht e OAS.

Em março deste ano, a empresa alemã Schlaich,Bergermann und Partner (SBP) apresentou relatório apontando falhas na cobertura do estádio e recomendou o fechamento do Engenhão. A expectativa é de que novo estudo mostre uma solução para os problemas nos próximos 30 dias. No entanto, Paes não descarta que o período seja maior.

"Não podemos colocar a vida das pessoas em risco. Não tem nenhum masoquismo da minha parte, não quero ninguém sofrendo. Já basta eu estar sofrendo como vascaíno. Não quero colocar as pessoas em risco. Estou oficiando essa associação de engenheiros que fez esse laudo, perguntado se eles me dão uma autorização para abrir o Engenhão. E se eles se responsabilizam. Se eles se responsabilizarem e ficarem lá embaixo com a família deles, está tudo certo", completou.

O Botafogo, clube que conquistou a licitação do estádio, está impedido de jogar no local e tem mandado suas partidas em outros estádios do Rio de Janeiro. O clube alvinegro, inclusive, cogitou devolver o Engenhão á Prefeitura visando minimizar o prejuízo com o fechamento da arena.

"Sei que isso é uma angustia do Botafogo, do futebol carioca e dos torcedores. O Maurício Assumpção (presidente do clube) é um cara sério demais, que respeito muito e temos conversado. Não foi um laudo de um escritoriozinho, foi uma empresa alemã que trata isso como um assunto sério. Não dá para brincar com isso", encerrou Eduardo Paes.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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