Brasil aprova desempenho em Mundial e vê chances maiores de pódio
- Allan Farina
- Direto de Paris
O Brasil encerrou sua participação individual do Mundial de Judô com o melhor desempenho em número de medalhas, além do recorde de pódios entre as mulheres. A comissão técnica da Seleção aprovou o desempenho da equipe no torneio de Paris, ainda que lamentando o fato de não ter conquistado nenhum ouro. Outro ponto valorizado foi o fato de o Brasil ter mais chances de medalha em diferentes categorias.
"A competição foi muito difícil. Os atletas, tirando o dia de hoje, renderam muito bem. Poderíamos até ter conseguido um resultado melhor. Mas acho que temos uma equipe com um potencial muito bom", afirmou o técnico da equipe masculina, Luiz Shinohara, que lamentou o desempenho desta sexta-feira, em que nenhum brasileiro chegou às quartas de final.
"Minha equipe hoje errou bastante. Cometeram erros que não costumam cometer. Temos que tentar corrigir, fazer treinamentos específicos daquilo que erraram neste momento e trabalhar bastante", disse o treinador. "Acho que hoje houve um erro de pegada, pegada é muito importante. Estratégia errada no caso do Rafael. São coisas muito pontuais".
A opinião de Shinohara foi compartilhada pelo coordenador técnico da Seleção, Ney Wilson Silva. Para ele, além da boa performance, o Brasil se mostra cada vez mais equilibrado, contendo mais atletas com chances de medalha em diferentes pesos.
"O mais importante dentro da avaliação do Mundial é que a gente tem uma equipe muito mais homogênea do que em outras épocas. Ou seja, temos muitas oportunidades de chegar à medalha de ouro em várias categorias", disse o coordenador, lembrando-se das gerações Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, em que os atletas eram as grandes esperanças de medalha.
"Estamos tratando de um campeonato mundial que foi o maior de todos os tempos no quantitativo e na qualidade de atletas. O que posso dizer é que temos que trabalhar muito. Nossas metas são ousada, mas digo que para um campeonato como esse a competição foi boa", afirmou Silva.
O Brasil encerrou sua participação na competição individual com cinco medalhas, um recorde no número de pódios. Leandro Cunha (-66 kg) e Rafaela Silva (-57 kg) ficaram com a prata, enquanto Sarah Menezes (-48 kg), Mayra Aguiar (-78 kg) e Leandro Guilheiro (-81 kg) conquistaram o bronze.
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