Brasil crê em lições do Mundial para buscar medalha em Londres
17 dez2011 - 07h28
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Felipe Held
Direto de São Paulo
A Seleção Brasileira quer tirar lições do Campeonato Mundial feminino de handebol para obter um desempenho ainda melhor em 2012 e, quem sabe, voltar dos Jogos Olímpicos com uma inédita medalha. Logo após vencer a Croácia por 32 a 31 na sexta-feira e garantir a melhor participação do País na história dos Mundiais, a equipe verde-amarela já passou a sonhar com Londres. E com otimismo.
É possível perceber que os ensinamentos do Mundial estão sendo absorvidos pelas atletas da Seleção, e prova disso foi a vitória sobre as croatas. Assim como aconteceu no jogo de quartas de final, contra a Espanha, o placar estava empatado no último minuto e o Brasil tinha a posse de bola.
Na quarta-feira, contra as espanholas, um passe precipitado resultou no desperdício do ataque e no gol da vitória das rivais por 27 a 26. Nesta sexta, o panorama se repetiu quando o placar mostrava 31 a 31, mas a central Ana Paula conseguiu colocar a bola nas redes.
"Quem sabe não erramos aqui para aprendermos e irmos mais fortes para a Olimpíada?", questionou a ponta direita Fernanda, uma das jogadoras mais empolgadas com a vitória sobre as croatas. Dois dias antes, diante da Espanha, a camisa 8 era uma das mais chateadas com a derrota. "Tenho certeza de que vale a pena esperar para 2012", acrescentou.
Uma das jogadoras com mais currículo do elenco brasileiro no Mundial, a ponta direita Alexandra também mostrou otimismo quando se permitiu vislumbrar a Olimpíada de 2012. "Temos jogadoras experientes neste grupo e outras mais jovens com enorme potencial, como a (ponta) Samira e a própria Fernanda. Elas estão demonstrando a cada torneio que estão melhores", elogiou.
Quem também já vê melhoras nítidas na equipe é Deonise, orgulhosa da campanha da Seleção feminina neste Mundial. "Deixamos a mensagem que queríamos: que existe handebol no Brasil e que a equipe feminina é uma potência. Plantamos essa sementinha e também deixamos um recado para todos os outros times: podemos jogar de igual para igual e temos o potencial para ganhar", avaliou a armadora.
A possibilidade de chegar forte a Londres após a boa campanha no campeonato em São Paulo empolgou também a goleira Chana, que já adiantou: seguirá na Seleção Brasileira para 2012 desde que o técnico Morten Soubak siga no comando do time até Londres.
No entanto, o dinamarquês manteve os pés no chão e colocou o foco na disputa do quinto lugar, neste domingo, contra a Rússia. "O Mundial ainda não acabou para nós. Mas não muda muito. O mesmo esforço que tivemos aqui será feito na Olimpíada", sintetizou.
Uma das principais forças do handebol no mundo, a Noruega conseguiu trazer uma legião de fãs ao Estado de São Paulo para o Campeonato Mundial feminino; com direito a samba brasileiro, "Papai Noel" e batuque de samba, veja fotos do "mar vermelho" nórdico que invadiu o Ginásio do Ibirapuera
Foto: Terra
Integrantes do Grupo Só no Clima foram contratados pela torcida norueguesa para dar um toque de samba aos fanáticos fãs durante o Mundial
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Cerca de mil torcedores deixaram a Noruega e viajaram para o Brasil para incentivar a seleção do país, campeã olímpica em Pequim 2008
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Belas torcedoras também marcaram presença entre o público norueguês no Mundial de handebol
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Os noruegueses trataram de ir o mais a caráter possível para as partidas de handebol, fazendo chapéus vikings ou até mesmo com a bandeira do país escandinavo estampada
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Quem também se destacava na torcida norueguesa era o simpático Bjorn Olsen, o "Papai Noel" da massa escandinava
Foto: Felipe Held / Terra
"Sou chamado de Papai Noel de 20 a 25 vezes por dia aqui no Brasil", contou Olsen, sempre bem humorado
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Olsen era um dos noruegueses mais assediados no Ginásio do Ibirapuera e sempre atendia aos pedidos de fotos dos fãs brasileiros
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Europeus levavam a bandeira norueguesa pintada no rosto ou até mesmo nas barrigas
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Amantes do handebol viajam o mundo para acompanhar a seleção norueguesa nas competições internacionais
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A Noruega encara nesta sexta-feira a Espanha, algoz do Brasil, em busca de uma vaga na decisão do Mundial de São Paulo
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Aos gritos de "Norge", noruegueses embalam a seleção do país no Mundial
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
"Não fosse por essa torcida que viaja o mundo por nós, não teríamos mais que 20 pessoas nos ginásios", apontou o técnico norueguês Thorir Hergerisson
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Noruega tenta encerrar um jejum que já dura 12 anos no Mundial feminino de handebol
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Grupo Só no Clima deu uma alma brasileira aos gritos dos europeus em São Paulo
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Do lado de fora do Ginásio do Ibirapuera era possível escutar os gritos dos noruegueses
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Integrantes do Grupo Só no Clima (abaixo) foram contratados especialmente para agitar a torcida norueguesa no Mundial
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Até uma "ola" os noruegueses ensaiaram durante a vitória sobre a Croácia, pelas quartas de final do Mundial
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Se passar pela Espanha nesta sexta-feira, a Noruega encara na decisão o vencedor da partida entre França e Dinamarca
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
A final do Mundial de handebol será disputada no domingo, às 17h15 (de Brasília), no Ginásio do Ibirapuera