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Brasil encara Costa do Marfim por "obsessão" e vaga histórica

12 dez 2011 - 15h25
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Felipe Held
Direto de São Paulo

A Seleção Brasileira entra em quadra no Ginásio do Ibirapuera às 20h (de Brasília) desta segunda-feira para seguir escrevendo uma história inédita no Campeonato Mundial feminino de handebol. Depois de se classificar na primeira posição do Grupo C, a equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak encara a Costa do Marfim, já pelas oitavas de final, para seguir realizando um sonho do elenco e dar sentido a todo o trabalho nos últimos dois anos.

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Com 100% de aproveitamento nos cinco jogos da primeira fase, o Brasil tem nesta segunda a melhor oportunidade possível para tentar ir às quartas de final e ter seu melhor desempenho em um Mundial (o máximo conseguido até hoje foi o sétimo lugar em 2005). Mais do que embalada e com as estrelas descansadas após serem poupadas da vitória por 34 a 33 sobre a Tunísia na sexta, a Seleção ainda conseguiu escapar de um rival europeu na fase dos 16 melhores e caiu diante de uma Costa do Marfim, teoricamente mais fácil.

Mas, para Soubak, o favoritismo passa longe da equipe anfitriã do Mundial de São Paulo. Ainda que reconheça o grande sonho de chegar com a Seleção às quartas de final, o dinamarquês trata de ressaltar os pontos fortes da Costa do Marfim, quarta colocada do Grupo D e que deixou para trás os times de Uruguai e Argentina.

"A Costa do Marfim tem uma armadora esquerda que é muito, muito forte. E quando eu falo isso é porque ela é muito, muito forte mesmo", analisou Soubak, descontraído. "E a pivô delas é ainda mais forte, muito grande, e por isso temos que tomar cuidado", previu, citando a pivô Bredou Paula Gondo (1,80 m e 75 kg) e a meia Ncho Elogie Mambo (1,72 m e 68 kg).

Soubak, assim, tem a receita para que o Brasil trilhe um caminho sem tantos sustos para chegar às quarta. "Se não agarrarmos essas duas meninas vai ficar difícil. Então a filosofia do jogo da Costa do Marfim será a defesa, tentar correr com elas por 60 minutos. Temos que nos preparar, será um desafio", reconheceu.

Contudo, o dinamarquês se diz confiante com o trabalho que a equipe brasileira apresentou ao longo deste Mundial. Depois de o País ter se classificado na liderança de uma chave, pela primeira vez na história, o treinador ainda sabe que as jogadoras vêem a vaga nas quartas de final como uma obsessão.

"Só pensamos nisso há dois anos", disse o treinador, explicitando a ideia fixa das jogadoras. "Primeiro o Mundial estava longe, e pensávamos nas quartas de final. Depois faltava um ano ainda, e só pensávamos nas quartas de final. Então faltavam seis meses e só pensávamos nas quartas de final. Agora estamos aqui, e pensando nas quartas de final. Se você ligar para alguma jogadora no meio da madrugada e perguntar no que ela está pensando, sabe o que ela vai dizer? Nas quartas de final do Mundial".

Para chegar até aqui, o Brasil fez uma campanha perfeita na primeira fase, somando os dez pontos possíveis. Depois de estrear superando Cuba por 37 a 21, a Seleção derrotou o Japão por 32 a 24, virou para cima das francesas vice-campeãs mundiais e venceu por 26 a 22 (depois de estar perdendo por 18 a 10 no início do segundo tempo), bateu a Romênia por 33 a 28 e ganhou da Tunísia por 34 a 33, com uma virada reação no último segundo de jogo, com gol da goleira Babi. A ponta direita Alexandra é a artilheira do time, com 25 gols.

Se conseguir derrotar a Costa do Marfim, que se classificou para as oitavas de final com duas vitórias em cinco jogos no Grupo D, o Brasil já sabe quem enfrentará nas quartas de final do Mundial: a Espanha, que, no domingo, eliminou Montenegro por 29 a 23 e assegurou presença na partida de quarta-feira, também no Ginásio do Ibirapuera.

Soubak pode liderar o Brasil à melhor campanha de sua história no Mundial feminino de handebol
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Foto: Edson Lopes Jr / Terra
Fonte: Terra
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