PUBLICIDADE

Brasil promete "guerra" contra Espanha para fazer história no handebol

13 dez 2011 - 07h36
Compartilhar
Felipe Held
Direto de São Paulo

A vaga para as quartas de final do Campeonato Mundial feminino de handebol ainda não é o bastante para a Seleção Brasileira. Depois da classificação com a vitória desta segunda-feira por 35 a 22 sobre a Costa do Marfim, o técnico Morten Soubak se disse confiante para enfrentar a Espanha na quarta-feira e avisou que o elenco verde e amarelo não deixará passar a chance inédita de se garantir em uma semifinal deste porte pela primeira vez na história.

» Cheerleaders dão show e animam Mundial de handebol em São Paulo

» Porradas, "mãos-bobas" e mais; veja divididas do Mundial de handebol

» Veja conquistas amorosas dos atletas que podem brilhar em Londres

» Confira os brasileiros que já garantiram vaga nos Jogos de Londres

"Eu tenho a certeza de que essas meninas vão para a quadra na quarta-feira para se matarem e fazerem história no handebol brasileiro, classificando-se para as semifinais", disse Soubak, que, enquanto falava, tinha a central Ana Paula ao lada balançando afirmativamente e respaldando sua opinião.

"Tenho certeza disso", repetiu Morten, que, entretanto, ainda espera ver mais torcedores no Ginásio do Ibirapuera. Apesar de ter conseguido nesta quarta seu recorde de público no torneio (4 mil, segundo dados da Federação Internacional de Handebol), a arena paulistana esteve longe de estar lotada. Na verdade, 4 mil pessoas representam um pequeno percentual de 36% da capacidade do local, que pode suportar até 11 mil espectadores.

A Espanha, assim como a maioria dos países europeus, é uma grande força do handebol. Tanto que, em 2009, conseguiu chegar à semifinal do Mundial e terminar na quarta colocação. Mas o status das futuras rivais não intimida a central Ana Paula. "Elas podem ter mais nome e mais títulos que a gente, mas o jogo dura 60 minutos e é ali na quadra. Não há favoritos", pregou a camisa 9.

O Brasil, que tem como melhor resultado em um Mundial feminino a sétima colocação obtida há seis anos, na Rússia, não esconde que o maior desejo para este final de 2011 é conseguir, ao menos, subir no pódio em São Paulo. Para isso, porém, seria necessária a classificação para as semis. E Morten Soubak é cauteloso ao falar da chave brasileira.

"É muito fácil falar sobre o que estou pensando da nossa chave daqui para a frente: não acho nada", descontraiu o dinamarquês. "Estamos pensando só na Espanha, depois não sei o que vem. Preciso ganhar para poder planejar outras coisas. Se não venço, a vida acaba. Temos que mentalizar somente em como ganhar da Espanha", sintetizou.

Brasileiras e espanholas se enfrentam na quarta-feira, no Ginásio do Ibirapuera, às 20h (de Brasília). Quem vencer pegará nas semis o vencedor do choque entre Noruega (atual campeã olímpica) e Croácia, que fazem a preliminar, às 17h15. Do outro lado da chave, Rússia e França reeditam a final do Mundial de 2009, enquanto a surpreendente Angola encara a Dinamarca.

"A Espanha pode ter mais status, mas não há favorito", disse Ana Paula
"A Espanha pode ter mais status, mas não há favorito", disse Ana Paula
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Fonte: Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade