Brasil quebra recorde no feminino e mira Japão como último desafio
- Allan Farina
- Direto de Paris
O Mundial de Judô de Paris chegou a seu quarto dia e, para o Brasil, significou o quinto pódio. O País chegou a sua melhor campanha na história em número de medalhas, e muito se deve ao resultado entre as mulheres. Cada vez mais em evolução, as brasileiras foram responsáveis por dois bronzes e uma prata. A conquista mais recente foi o terceiro lugar de Mayra Aguiar nesta sexta-feira.
Com apenas 20 anos, a gaúcha faz parte de uma geração nova que tem idade para competir em alto nível por pelo menos duas Olimpíadas. Em Paris, Sarah Menezes (-48 kg), 21 anos, e Rafaela Silva (-57 kg), 19 anos, foram responsáveis por respectivamente um bronze e uma prata.
"A gente vem adquirindo uma bagagem legal e competições apesar de sermos novas. Sempre é bom mais experiência. Cada competição é um aprendizado. Até quando se perde aprende mais. Você sai com um ar do que tem que melhorar", disse Mayra.
Os pódios de Paris serviram para dar ao Brasil seu melhor desempenho histórico no judô feminino em Mundiais, superando o que foi obtido em Tóquio no último ano. Em 2010, Mayra e Sarah conquistaram respectivamente uma prata e um bronze. Para chegar ao primeiro ouro da história, as atletas miram enfim derrotar japonesas.
As três medalhistas brasileiras tiveram seu caminho rumo ao ponto mais alto do pódio recusado ao caírem para atletas nipônicas. Para aprender a superar as judocas do Japão, a Seleção fará um período de treinos antes e depois do Grand Slam de Tóquio, que ocorre em dezembro.
"Tem que estudar japonesa. Estamos indo para lá, é o detalhe que falta. A gente estudou bastante ela, viu o que estava errando, eu já me senti muito melhor. Foi uma fatalidade, caí no chão, ela acabou virando e deu no que deu", explicou Mayra.
"Vai ser muito importante para mim, preciso disso. Tenho essa dificuldade com japonesa. É esse estilo de luta diferente, então acho que vai me fazer muito bem. Sei que estou precisando. É aproveitar tudo que der para chegar na Olimpíada sem nada com japonesas, sabendo já o que elas fazem", disse a gaúcha.
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