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Torcida faz pouca diferença e ganha fama de "yellow blocs"

Torcedores brasileiros conviveram com críticas pela pouca animação em jogos e viraram polêmica por conta da elitização

14 jul 2014 - 08h06
(atualizado às 08h06)
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O tão esperado 12º jogador pouco ajudou a Seleção em sua segunda Copa do Mundo disputada em casa. O Brasil encerrou a sua jornada no Mundial contra a Holanda no último sábado com a sua torcida, que será fundamental nas Eliminatórias, também em xeque por ter feito pouca diferença nas partidas.

Diante da empolgação de chilenos, colombianos e argentinos, os brasileiros sofreram críticas pela toada de uma música só com o “Sou brasileiro com muito orgulho e amor”. Logo no segundo jogo, os mexicanos, em menor número no Estádio Castelão, fizeram muito mais barulho. A situação fez empresas conduzirem campanhas para a criação de novos cantos para sair da mesmice.

Entre várias tentativas, apenas uma pegou. “O Mil Gols”, que exalta Pelé e hostiliza Maradona como cheirador, virou quase tão comum nos estádios como o “Sou Brasileiro”, mas pouco serviu para pressionar adversários.

A apatia da torcida brasileira em alguns momentos gerou discussões que envolveram questões políticas e sociais. Os xingamentos a Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo provocaram reações como a do secretário-geral da República, Gilberto Carvalho, que classificou como elite branca a torcida que hostilizou a representante máxima do País.

A declaração acirrou ânimos e deu origem a uma expressão cunhada pela Folha de S.Paulo que serviu para categorizar o torcedor brasileiro da Copa: yellow blocs. Em uma definição aproximada, eles são descritos como endinheirados que se dizem cansados de tudo e frequentam áreas vips.

De fato, a Copa do Mundo marcou uma elitização do público brasileiro. Em Fortaleza, por exemplo, os torcedores de Brasil x Colômbia eram em mais de 35% turistas brasileiros, que gastaram com passagens, hospedagens e ingressos. Muitos no mercado negro, com preços que ultrapassavam R$ 2 mil.

A discussão chegou até a Inglaterra com um artigo do jornal The Guardian questionando onde estavam os negros nos estádios da Copa. A ideia de elite branca foi propagada até pela presidente Dilma Rousseff ao GloboNews.

Com humor, torcedores brincam com fracasso da Seleção:

“Quem compareceu aos estádios, isso não podemos deixar de considerar, foi quem tinha poder aquisitivo pra pagar o preço dos ingressos da Fifa. E aí dominantemente uma elite branca, em alguns casos, 80%, 90%, eram dominantemente elite branca”, afirmou na última sexta-feira.

Mesmo ausente, Dilma foi xingada novamente na derrota brasileira para a Alemanha por 7 a 1 em Belo Horizonte. Na mesma cidade houve críticas por torcedores terem vaiado o hino chileno na oitavas de final.

Tropeços e críticas à parte, o público brasileiro ao menos não virou peso contra a Seleção como se temia em caso de campanha ruim. Mesmo diante de um futebol trôpego, as vaias e xingamentos só vieram ao final da participação com a derrota para a Holanda na disputa do terceiro lugar. E mesmo assim depois de incentivo, dentro das limitações, durante os 90 minutos.

Fonte: Terra
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