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Dunga cobra virilidade quando Brasil estiver sem a bola

O técnico pregou que só a técnica não será suficiente para o Brasil vencer as suas partidas

30 mar 2016 - 01h07
(atualizado às 11h26)
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O empate por 2 a 2 com o Paraguai, conquistado nos minutos finais da partida, deixou a Seleção Brasileira satisfeita com o poder de reação apresentado pelos jogadores. A comissão técnica chefiada por Dunga ignorou que a equipe canarinho foi dominada durante a maior parte do confronto e valorizou o ponto somado no estádio Defensores del Chaco. Para o treinador, contudo, o Brasil terá de aprender que não conseguirá vencer os jogos nas Eliminatórias à Copa do Mundo de 2018 só na base da técnica.

“Deveríamos ter feito o resultado na partida contra o Uruguai, em casa. Nós sabíamos que aqui em Assunção seria complicado, mas no segundo tempo o time entendeu como se joga uma Eliminatória. Quando eu falei que o Brasil teria que ser mais viril sem a bola, muitos não entenderam, ou não quiseram entender. Com a bola temos que jogar, mas sem a bola precisamos fazer como os outros fazem”, disse o técnico.

Quando um jornalista entendeu que Dunga estaria criticando a “falta de raça” do Brasil, o treinador tratou de corrigi-lo e declarou que não havia sido compreendido bem. “Esse foi um jogo mais físico. Os nossos jogadores estão mais acostumados com o futebol europeu, em que o campo, o juiz, tudo é diferente. Eliminatórias são um campeonato à parte. Sem a bola você tem que lutar com tudo que puder”, explicou.

Dunga recordou por diversas vezes o empate por 2 a 2 com o Uruguai, na última sexta-feira, quando o Brasil abriu dois gols de vantagem e cedeu o resultado à Celeste. Segundo o treinador, a reação diante do Paraguai deve ser vista com bons olhos pelo torcedor. Ele acredita que qualquer ponto somado fora de casa nas Eliminatórias ajudará a Seleção a conquistar a classificação para a próxima Copa do Mundo.

“A Seleção ficou 128 dias sem jogar. Creio que primeiro tempo com o Uruguai foi bom em termos técnicos. Hoje foi o contrário. Mas o resultado foi bom não só por ter buscado o empate, mas por ter colocado o Paraguai para trás e ter continuado com a pressão”, afirmou o treinador, antes de avaliar a situação do Brasil na tabela de classificação. Com nove pontos, a equipe ocupa a sexta colocação e está fora da zona que garante vaga no Mundial de 2018.

“A tabela incomoda todos nós. Mas sabíamos que essa competição seria a mais equilibrada. O bom é que teremos um dos líderes na próxima rodada, que é o Equador. Temos que depender de nós meses. As Eliminatórias sempre foram muito complicadas. Essa vai ser mais ainda, porque vamos ter que aproveitar as oportunidades e somar os pontos. A tabela será muito curta até o final”, concluiu.

Foto: EFE
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