David Luiz "feliz" com transferência para o PSG: "nova etapa da minha vida"

30 mai 2014 - 15h50

(atualizado às 21h13)

O zagueiro David Luiz, que acertou na semana passada sua transferência do Chelsea para o Paris Saint-Germain, declarou nesta sexta-feira em entrevista coletiva que estava "muito feliz com esta nova etapa" de vida.

- Você já se sente jogador do Paris Saint-Germain?

"Fiz questão de acertar tudo antes de vir para a Seleção. É uma nova etapa, um novo projeto, um novo país, uma nova língua... Fui muito feliz no Chelsea, ganhei títulos, mas chegou ao fim do ciclo. Vou começar um novo ciclo em Paris. Vai ser anunciado quando a janela (de transferências) abrir. Mas, desde já, eu falo que estou acertado com o Paris e vou muito feliz".

- No PSG, você vai refazer a parceria com Thiago Silva, com o qual forma a dupla de zaga da seleção brasileira...

"O Thiago é uma pessoa maravilhosa e que me deixa sempre muito feliz. Nunca entramos em rivalidade. Ele é um grande líder. Às vezes sério, às vezes resmungão, mas sempre falamos as coisas de uma maneira muito natural e isso me faz ter certeza que o Thiago tem os mesmos princípios que eu. É muito fácil ter uma relação como essa. É possível que eu passe mais tempo com ele do que com membros da minha família, mas vai ser bom conviver com ele também em Paris".

- O fato de ter atuado em grande clubes europeus faz a diferença na hora de disputar uma Copa do Mundo?

"Atuar fora por muitos anos te dá a oportunidade de jogar com os melhores do mundo, de escolas diferentes. Em uma Copa do Mundo você vai enfrentar os melhores adversários, mas com uma magia diferente. Podemos jogar por milhares de clubes, mas não será a mesma coisa que defender o seu país.

- A seleção não conta com nenhum campeão mundial. Você acha que isso pode fazer falta?

"Tem que ver o lado bom disso, todo mundo com fome de provar o gosto de ser campeão mundial. Talvez se tivéssemos dez campeões mundiais, não teríamos a mesma atitude. Todos estão com muita fome de levantar a taça para o nosso país".

- Como você sente a responsabilidade de ser considerado um dos líderes da seleção brasileira?

"Existe muita liberdade de expressão dentro do grupo, todo mundo pode dar sua opinião. Quando você fala e se sente escutado, é mais prazeroso. Tento ter a sensibilidade de entender o ser humano, sempre agi assim na minha vida. Procuro passar mostrar aos companheiros que o impossível é possível. O que me dá força é saber que estão comigo também, essa corrente é o fator que pode nos ajudar a realizar o sonho de sermos campeões em casa".

-Você é conhecido por ser um cara simpático e brincalhão fora de campo, como você consegue se transformar num guerreiro na hora dos jogos?

-"Na vida tem hora pra tudo. tem hora pra brincar, pra rir e tem hora pra ser sério. Quando entro em campo, entro focado, porque do outro lado tem sempre grandes jogadores, que estão esperando uma brecha".

-Como você explica o carinho que o torcedor tem por você?

"Eu sempre tento demonstrar, seja jogando ou não, as atitudes do verdadeiro David. Não consigo ser diferente. Hoje fico feliz porque essa empatia é muito grande. Sinto esse carinho. Isso me faz realizado. Eu, que tive primeiramente o carinho de outros países, sempre senti falta de tocar o coração dos brasileiros".

- Você já disputou finais de competições importantes como a Liga dos Campeões (foi campeão com o Chelsea, em 2012), como você está se sentindo às vésperas de jogar uma Copa do Mundo?

"O que vale é o próximo jogo, o próximo desafio. A ansiedade é grande, a vontade de ser campeão maior ainda. Chegou o momento. Estamos juntos nessa. O Brasil é um só e quero que o nosso país sorria junto".

- Você sente pressão por conta do Brasil jogar novamente em casa depois do trauma da derrota de 1950?

"Grande seleções mundiais, como França e Itália ganharam uma e perderam uma em casa. O Brasil perdeu uma, está na hora de ganhar".

Declarações colhidas em entrevista coletiva