Envolvente como Neymar, Sanchez será prova de fogo para zaga

O Chile pode não depender de Alexis Sanchez como o Brasil de Neymar, mas o sucesso na Copa do Mundo de 2014 passa pelos pés do atacante do Barcelona. Com números parecidos com o do companheiro de clube, Sanchez será o atacante mais perigoso que a Seleção encontrou até o momento no Mundial.

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Na primeira fase o Brasil teve de lidar com as ameaças do croata Olic e do mexicano Giovanni dos Santos e se livrou do camaronês Samuel Eto’o, machucado. Nas oitavas de final de sábado, no Mineirão, a atenção da zaga brasileira terá de ser redobrada diante de um jogador que tem figurado entre os principais desta Copa.

Sanchez é o atleta que mais aplicou dribles até o momento. Foram 19 em três jogos, seis a mais do que Neymar, terceiro colocado no fundamento segundo números da Footstats. O chileno ainda é o jogador que mais sofreu faltas no torneio: 17 ao todo, oito a mais do que o brasileiro.

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Números à parte, Sanchez mostrou-se decisivo para o Chile. Abriu o placar e deu assistência para Valdivia na vitória contra a Austrália na estreia. Diante da Espanha, iniciou a jogada do primeiro gol com um passe milimétrico para Aranguiz servir Vargas. E ainda cobrou a falta na trave concluída no rebote pelo jogador do Internacional.

Sanchez não tem uma posição fixa no ataque, mas tem caído mais pela direita. Todos os gols em que teve participação foram construídos pelo lado que Marcelo é responsável pela marcação. Até agora o lateral esquerdo foi pouco testado, já que os adversários concentraram as investidas no lado direito da defesa brasileira em cima de Daniel Alves. O croata Olic foi quem mais teve sucesso, provocando tormento na abertura na Arena Corinthians.

O futebol envolvente de Sanchez, combinado com a velocidade de Vargas e aproximação de Aranguiz e Vidal, transformam o Chile no ataque com mais poder de explorar as deficiências da defesa brasileira até o momento. Este cenário deve contribuir para Felipão confirmar a troca de Paulinho com Fernandinho, jogador que mostrou contra Camarões estar em melhores condições para reforçar a marcação e fazer a transição rápida ao ataque, caminho que o Brasil deve optar para surpreender o Chile.

Parceiro de Neymar

Sanchez chegou a colocar Neymar no banco de reservas em algumas partidas do começo de temporada do Barcelona. Diante de lesões e experimentos de Tata Martino os dois jogaram juntos em determinadas situações.

Nesta Copa do Mundo impressiona a semelhança em números e importância para as seleções. Além dos números citados anteriormente, os atacantes tiveram praticamente o mesmo tempo de bola no pé, foram os campeões de bolas perdidas e tiveram índice de passes quase iguais. Veja a comparação de acordo com números da Footstats.