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Felipão combaterá oba-oba, mas sem deixar Seleção antipática

Desafio do treinador no período de preparação para a Copa do Mundo será trabalhar com privacidade e isolar o grupo da badalação sem perder a simpatia com o público

26 mai 2014 - 07h21
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<p>Jogadores farão trajeto campo/concentração de ônibus e terão exposição controlada</p>
Jogadores farão trajeto campo/concentração de ônibus e terão exposição controlada
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Seus rostos estão presentes a cada intervalo na televisão, estampam capas das mais variadas revistas e serão os mais fotografados e filmados dos próximos meses no Brasil. Os 23 jogadores da Seleção que se apresentam nesta segunda-feira na Granja Comary, em Teresópolis, convivem em 2014 com uma exposição que vai aumentar ainda mais na preparação para a Copa do Mundo. Mas que vai ser controlada ao máximo para não causar prejuízos dentro de campo.

O técnico Luiz Felipe Scolari e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) têm como desafio nas próximas semanas manter a Seleção simpática ao público sem extrapolar na badalação. O planejamento traçado para a preparação que se inicia nesta segunda leva muito em conta uma análise do que em um passado recente não funcionou.

Felipão assumiu o cargo no final de 2012 justamente com a missão de resgatar o elo perdido com a torcida. Já dentro da CBF existe a percepção de que é necessário chegar a um meio-termo entre o clima de oba-oba de 2006 e a rigidez na relação com imprensa e público de 2010. O que irá acontecer nas próximas semanas na concentração brasileira é um reflexo desta avaliação.

De forma prática, isso significa que Felipão não abrirá mão da privacidade para trabalhar o time. O próprio incentivo do treinador à escolha da Granja Comary como QG brasileiro da Copa indica este caminho. O acesso aos treinos em Teresópolis será restrito a jornalistas e convidados e evitará situações como a do último ano, quando a Seleção trabalhou sob gritos de sócios do Flamengo na Gávea e de famílias de oficiais do Exército na Urca.

Fora isso, a reforma no local – estimada em R$ 15 milhões pela CBF – incluiu a construção da área para imprensa mais afastada, do outro lado do gramado. Antes, os jornalistas assistiam ao treino entre o campo principal e a concentração, localizada no alto de um morro. Isso permitia um contato direto com os jogadores na entrada e saída das atividades, o que não irá ocorrer mais. O mesmo deve ocorrer com patrocinadores.

A preocupação é explicada pelo alto número de jornalistas esperados para o período de treinamentos da Seleção: 1500 credenciados. A princípio todos os treinos agendados serão abertos para imagens, mas Felipão deve fechar parte deles mais próximo da Copa. Vale lembrar que em 2010 Dunga proibiu a transmissão ao vivo logo em sua primeira atividade em Curitiba.

Assim como na última Copa do Mundo haverá entrevistas coletivas diárias com dois jogadores. Oficialmente este será o contato permitido dentro da Granja Comary, mas não há proibições prévias de outras interações. Como informou em seu blog Antonio Prada, Felipão manterá todos os canais abertos, dentro das circunstâncias de alta demanda da Seleção.

A Copa será positiva ou negativa para a imagem do Brasil?:

Para compensar o maior isolamento a partir desta semana, CBF e Felipão deram liberdade total aos jogadores para entrevistas e eventos publicitários nas semanas que antecederam à apresentação. Isso explica o aumento da exposição dos atletas nos últimos dias. Agora será pedido foco na preparação, com atenção especial para deixar de lado também as especulações do mercado. 

Se a programação for seguida à risca, serão até três contatos diretos com o público até a estreia na Copa do Mundo, contra a Croácia no dia 12 de julho. Além dos amistosos contra Panamá (dia 3 de junho, em Goiânia) e Sérvia (6 de junho, em São Paulo), haverá um treino provavelmente aberto no Estádio Serra Dourada no dia 2 de junho.

Quando começar a Copa, a rotina será de treinos na Granja Comary, reconhecimento de gramado na véspera e jogo. E para não perder a simpatia com o público brasileiro, Felipão já se explicou pela ausência de atividades abertas: são exigências da Fifa. Durante a Copa das Confederações Felipão se irritou com a limitação e conseguiu a liberação para que o público entrasse no Estádio Presidente Vargas em Fortaleza.

Fonte: Terra
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