Fred toma de Neymar posto de jogador mais efetivo na era Felipão

Os números de 21 gols e 13 assistências em 34 jogos deixam claro: Neymar foi o grande nome e o jogador mais efetivo da era Mano Menezes na Seleção Brasileira. Mas desde que Felipão assumiu o cargo, outro atacante roubou o posto do ex-santista: Fred hoje é o jogador com melhores índices pelo Brasil.

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Em cinco jogos com a Seleção completa em 2013 – sem contar os duelos diante de Bolívia e Chile em que esteve fora -, Fred teve participação direta em todos. E o mais elogiável: nos cinco ele mostrou-se decisivo com quatro gols e uma assistência, computada no último domingo na vitória por 3 a 0 sobre a França.

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Os números ganham mais impacto se analisado o tempo em que Fred teve a bola nos pés. Somados os jogos contra Rússia, Inglaterra (duas vezes), Itália e França, o atacante teve a posse dela por dois minutos e dois segundos (veja tabela abaixo com números Footstats). Ou seja: a cada 25 segundos com a bola no pé, Fred deu uma assistência ou fez um gol.

O desempenho até aqui ajuda a explicar a preocupação de Felipão com a forma física do jogador. O camisa nove tem sido poupado nos finais de treinos e jogos por causa de dores na costela, mas a princípio não será problema para a estreia na Copa das Confederações, no próximo sábado, contra o Japão, em Brasília.

Queda de Neymar

A sensação de queda no futebol de Neymar é comprovada por sua falta de efetividade com Felipão. Se com Mano os principais lances saíam de seus pés, agora ele tem apenas duas assistências contabilizadas com a Seleção principal. Ele marcou três gols contra Bolívia e Chile, mas o Brasil jogou com uma equipe local bastante diferente da usual.

TERCEIRO INTOCÁVEL

Três jogadores estiveram em todas as partidas do Brasil principal com Felipão. Além de Neymar e Fred (entrou no segundo tempo contra a Inglaterra em fevereiro), Oscar completa o trio de intocáveis deste início de trabalho do treinador. Contra a França, o agora camisa 11 fez seu primeiro gol neste período, mas teve atuação regular em todas as partidas. O outro titular de Felipão no ataque, Hulk, convive com as vaias da torcida brasileira, mas dá motivos para Felipão confiar em seu futebol. Em quatro jogos, o atacante não deu assistências nem fez gols, mas cinco dos nove gols brasileiros saíram quando ele estava em campo. (Foto: Ricardo Matsukawa/TERRA)

Não foi por falta de bola no pé ou por sumiço que os números de Neymar caíram. Nestes cinco jogos com Felipão, o atacante teve posse de bola por 543 segundos, quatro vezes e meia a mais de tempo do que Fred. Deu 22 chutes, acertou o alvo em oito, mas não comemorou nenhum gol. O camisa nove arriscou 12 vezes e marcou quatro gols.

Obviamente as comparações têm que ser analisadas com a lembrança de que Neymar e Fred jogam em posições diferentes, e o camisa nove recebe críticas por participar pouco da partida. Mas é inegável também a queda de produção do agora jogador do Barcelona nesta temporada, tanto na Seleção como no ex-clube.

A crítica ganha ainda mais força se considerado o histórico de Neymar contra as grandes seleções do mundo. Contra a França, o atacante conseguiu, sem ser o protagonista, a primeira vitória diante de um campeão mundial. Já na era Mano Menezes o atacante colecionou derrotas e fez apenas um gol nos duelos diante de Argentina (duas vezes) e Alemanha.

Apesar da queda, a comissão técnica brasileira tem mantido o apoio a Neymar. Felipão defendeu após a vitória sobre a França a atuação do jogador. “Cumpriu o que eu pedi”, disse. Mas desde que se apresentou para a preparação até a Copa das Confederações, o jogador tem sido blindado com a intenção de manter se foco inteiramente em campo.

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