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Júlio César justifica jogos difíceis pelo 'respeito' dos adversários

19 jun 2014 - 21h11
(atualizado às 22h00)
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O goleiro Júlio César reconheceu nesta quinta-feira que a seleção brasileira não fez "uma partida boa coletivamente" no empate sem gols contra o México, mas se mostrou confiante na evolução da equipe ao longo da competição.

Aos 34 anos, o jogador mais experiente entre os 23 convocados do técnico Luiz Felipe Scolari explicou em entrevista coletiva realizada na Granja Comary que o Brasil encontrou dificuldades nas duas primeiras partidas porque os adversários "respeitam muito a seleção" e estão mais preparados para enfrentá-la.

- Como você analisa o empate de terça-feira contra o México?

"O México, devido à partida que fez conosco há um ano na Copa das Confederações (vitória por 2 a 0 do Brasil), se preparou muito bem para a partida. Vale ressaltar que não fizemos, coletivamente, uma partida boa, mas foi devido à grande marcação que o México fez, principalmente em cima dos nossos principais jogadores. Apesar da dificuldade, acho que o time se comportou muito bem, porque tivemos paciência e tranquilidade para administrar a partida.

- Como você explica que o Brasil sofreu mais do que nos últimos meses nessas duas primeiras partidas de Copa do Mundo (vitória de virada por 3 a 1 sobre a Croácia na estreia e empate sem gols com o México)?

"Antes da Copa das Confederações, as outras equipes não nos respeitavam como respeitam hoje. Com a chegada da nova comissão técnica e com o que fizemos na Copa das Confederações mudou tudo. Os adversários entram em campo se defendendo muito. Na Copa das Confederações, não entravam dessa maneira. A gente conseguia gols no início e isso facilitava o nosso trabalho, porque obrigava a outra equipe a sair jogando. Isso fazia com que o nosso esquema tático de jogo se encaixasse de forma maravilhosa. Mas hoje, todo mundo viu a Copa das Confederações e os adversários estão chegando com muito respeito.

- Quais são os principais ensinamentos que a equipe pode guardar dessas partidas?

"Foram dois jogos diferentes daquilo que o torcedor estava acostumado a ver, do que a nossa equipe tinha deixado como impressão durante a Copa das Confederações, mas serviram para dar maturidade a esse grupo. Acho que esse grupo ainda vai evoluir muito. Motivação e empenho não vão faltar. Tenho certeza que vamos terminar a Copa na ponta dos cascos".

- É a primeira vez desde 1978 que o Brasil encara o terceiro jogo da fase de grupos sem ter a classificação nas oitavas de final já garantida? Isso traz mais pressão para a equipe?

"Sabíamos que não seria um grupo fácil, mas de certa maneira foi ótimo, para já entrar naquele clima de Copa do Mundo. Sabemos da dificuldade que é disputar uma Copa do Mundo, ainda mais em casa. Enfrentar uma seleção difícil como o México, que está sempre chegando, é maravilhoso para a gente. É melhor ter um início complicado para já entrar concentrado logo no começo. É muito importante para uma competição de tiro curto. Apesar da gente não estar numa posição totalmente confortável, a nossa posição é boa (o Brasil precisa apenas de um empate contra Camarões na segunda-feira para não depender de outros resultados). Podemos administrar bem para chegar na próxima partida e terminar em primeiro".

- O que você acha que precisa melhorar para sofrer menos nas partidas?

"Contra equipes mais bem postadas defensivamente, temos que tentar buscar jogadas para criar espaços e furar o bloqueio deles. Mas de qualquer maneira, sempre será complicado. Hoje, não tem mais bobo no futebol. Essa Copa do Mundo está sendo muito elogiada pela qualidade técnica, pelos muitos gols que vêm saindo. A gente viu a Holanda ganhando de 5 a 1 da Espanha e depois tendo dificuldade contra a Austrália, a Costa Rica ganhando do Uruguai", concluiu.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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