Marin sobre Gilmar ser ex-agente: "nada contra seu caráter"
Empresário de jogadores até a última semana, Gilmar Rinaldi se transformou em coordenador de seleções da CBF, mas para a entidade não há qualquer conflito de funções e interesses. Discutido nos últimos dias, o assunto foi levantado para José Maria Marin e o próprio Gilmar nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. Eles escolheram Dunga para ser novo treinador da Seleção Brasileira.
"Todos nós sabíamos, que o Gilmar era - estou colocando no passado - empresário. Tinha certeza absoluta que após a divulgação do Gilmar toda sua vida seria levantada em todos os aspectos. (...) Não tive dúvida que pelo cargo que ele viria a ocupar. O que restou? Que ele era empresário. Só me resta cumprimentá-lo e não ouvi nada sobre seus antecedentes em qualquer sentido", descreveu Marin, presidente da CBF.
"Houve vários elogios: como atleta, como homem, como chefe de família. Nada contra sua moral e sua honestidade, nada. (...) Ele teve a coragem e a dignidade de deixar de ser agente Fifa oficialmente. (Não há) nenhuma restrição para desempenhar esse papel de coordenador. Nada, nada contra ele, principalmente contra seu caráter", complementou Marin.
Gilmar Rinaldi, por sua vez, se defendeu sobre o fato pela segunda vez nos últimos dias. Ele deixou de ser agente para assumir a coordenação da Seleção Brasileira, e as procurações foram transferidas para seu então sócio. Gilmar disse que estava preparado para os questionamentos.
"Eu fui empresário, sim, e sempre disse que tinha muito orgulho de ganhar dinheiro como empresário. Não pode ser hipócrita de se esconder as coisas. Eu falo coisas que as pessoas não gostam de ouvir, mas que precisam ser ditas. Quando ele me escolheu, eu disse: 'presidente, você vai levar pancada'. Eu disse a ele que já estava parando, e 'se for convidado eu paro'. Falei para minha família: vocês vao ter orgulho do seu pai porque não vão encontrar nada", prometeu.