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Rinaldi vira coordenador de seleções para "priorizar a base e o coletivo"

17 jul 2014 - 12h44
(atualizado às 12h45)
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O ex-goleiro Gilmar Rinaldi, campeão do mundo em 1994, foi anunciado oficialmente nesta quinta-feira como novo coordenador geral de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), iniciando um projeto de renovação depois do fracasso da última Copa do Mundo.

"Gilmar Rinaldi será o novo coordenador geral de todas as seleções do Brasil", anunciou o presidente da CBF, José Maria Marin, em entrevista coletiva realizada na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Rinaldi, de 55 anos, terceiro goleiro do Brasil no Mundial dos Estados Unidos-1994, participará da escolha do novo técnico da seleção principal, que será anunciado nos próximos dias.

"Pensamos em anunciar o novo técnico no início da próxima semana, talvez. Depende de algumas conversas que vamos ter neste fim de semana. Esperamos, no mais tardar, estar aqui na terça-feira para apresentar o novo treinador", adiantou Marin.

O nome mais cotado para comandar a seleção é Tite, que ganhou todos os títulos possíveis com o Corinthians de 2011 a 2013.

"Traçamos um perfil (do futuro treinador) e vamos conversar com essa pessoa. O mais importante é definir o que nós queremos e o perfil desta pessoa que queremos. Temos que reconhecer que precisamos mudar. Temos amistosos em breve. Não temos tempo para pensar, é hora de trabalhar", afirmou o novo coordenador de seleções, que exercia a função de agente de jogadores nos últimos 14 anos.

"A filosofia de trabalho é simples: vamos priorizar a base e a nossa qualidade coletiva. Sempre terão os jogadores fora de série que continuarão surgindo. Temos que olhar para a nossa qualidade coletiva", acrescentou.

Muitas vezes, foi citada como exemplo a Alemanha, que se sagrou campeã mundial, no último domingo no Maracanã, e massacrou o Brasil por 7 a 1 na semifinal, na pior derrota da seleção em cem anos de história.

O técnico alemão Joachim Low está no cargo desde 2006, em projeto a longo prazo iniciado em 2000, depois de uma campanha desastrosa na Eurocopa.

Rinaldi também descartou a possibilidade de buscar um técnico estrangeiro.

"Acho que não é o momento, com todo o respeito. Temos que buscar alguém na nossa casa, com nossos defeitos e nossas qualidades. É um momento de buscar alguém que tenha esse conhecimento".

Outro nome cotado para o cargo de coordenador de seleções era Leonardo, ex-lateral e que também foi campeão mundial nos Estados Unidos-1994, ex-diretor futebol do Paris Saint-Germain, da França.

Praticamente toda a comissão técnica da seleção na Copa do Mundo entregou o cargo no final da competição e Marin fez questão de agradecer o trabalho realizado pelo técnico Luiz Felipe Scolari e pelo coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, apesar do vexame da goleada sofrida para a Alemanha.

"Só tenho palavras de agradecimento ao Felipão e aos jogadores que fizeram parte desta Copa do Mundo. O que tinha que ser dito sobre a Copa do Mundo foi falado pelo Felipão. Para mim, isso é uma página virada. Vamos pensar no futuro e no presente", afirmou o presidente da CBF.

Já Rinaldi também falou sobre a "amizade" que tinha por Felipão e Parreira, que o comandou em 1994, mais se disse "incomodado" com o fato dos jogadores terem entrado em campo contra a Alemanha com um boné com a menção "Força Neymar", referindo-se ao craque que não pôde participar do jogo por estar lesionado.

"Deveriam ter escrito 'Força Bernard', foi ele que entrou em campo", alfinetou.

A seleção brasileira já tem quatro amistosos programados. Os dois primeiros em setembro, nos Estados Unidos, contra o Equador no dia 5 e contra a Colômbia no dia 8.

A equipe disputará uma partida contra a Argentina, finalista da Copa do Mundo, no dia 11 de outubro em Pequim, na China, e outra contra a Turquia, no dia 12 de novembro em Istambul.

A ideia é que a seleção principal esteja integrada com as categorias de base, visando a conquista da inédita medalha de ouro olímpica nos Jogos do Rio-2016.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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