Se durar até a Copa, Dunga deve ser mais longevo da história

Com 60 jogos no comando da Seleção Brasileira, treinador que retorna nesta terça é candidato a superar Zagallo

Dassler Marques

22 jul 2014 - 11h06

(atualizado às 11h12)

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Dunga deixou a Seleção Brasileira após a Copa 2010
Foto: Mike Hewitt / Getty Images

O desafio começa nesta terça-feira e não será pequeno, com duas Copas América pelo caminho e o retorno às Eliminatórias Sul-Americanas. Mas se Dunga classificar a Seleção Brasileira e disputar a Copa do Mundo de 2018, tem chances muito grandes de virar o treinador com mais partidas à frente da equipe. Ele atualmente é o quarto colocado neste ranking que tem Zagallo na ponta.

Para que cumpra essa meta, Dunga precisará repetir sua trajetória no ciclo anterior, já que dirigiu a Seleção Brasileira durante todo o ciclo pós-2006 até o Mundial 2010. Eliminado pela Holanda nas quartas de final daquela Copa, ele teve 60 jogos no cargo. Dentro do calendário previsto, é possível que os próximos quatro anos apresentem números semelhantes.

Entre Eliminatórias e amistosos, a Fifa disponibiliza datas para aproximadamente 40 jogos até o Mundial da Rússia. Além disso, a disputa de duas Copas Américas (2015 e 2016) deve resultar na realização de seis a doze partidas. Caso vença o torneio do próximo ano, também vai assegurar participação na Copa das Confederações - de três a cinco jogos. Por fim, na Rússia, dirigiria a equipe em mínimo de três e máximo de sete encontros.

Essa missão não será nada simples. Na história de 20 Copas do Mundo, só em cinco o Brasil conseguiu ter o mesmo treinador durante todo o ciclo. Flávio Costa, de 1945 a 1950, Zagallo, de 1970 a 1974 e de 1994 a 1998, e Carlos Alberto Parreira, de 2002 a 2006. O quinto nome foi justamente Dunga, de 2006 a 2010.

A seu favor, o treinador que será apresentado nesta terça-feira pela CBF tem o aproveitamento de 76,6% que acumulou na última passagem pela Seleção. Em 60 partidas, foram 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas. É superior a Mano Menezes, Luiz Felipe Scolari e boa parte dos que passaram pelo cargo em 100 anos na história do time brasileiro.