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Terra na Copa

Seleção quer evitar oba-oba, mas adota discurso de campeã

26 mai 2014 - 18h12
(atualizado às 19h19)
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<p>Parreira e Murtosa ressaltaram erros cometidos pela Seleção no passados, mas se mostraram otimistas na conquista do título</p>
Parreira e Murtosa ressaltaram erros cometidos pela Seleção no passados, mas se mostraram otimistas na conquista do título
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Na primeira entrevista realizada após a apresentação da Seleção Brasileira na Granja Comary, o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira e o auxiliar técnico Flavio Murtosa mesclaram um discurso de cautela e confiança. Parreira, por exemplo, ao mesmo tempo em que disse que é necessário evitar oba-oba da torcida em torno do grupo que disputará a Copa do Mundo, afirmou que vê a Seleção com cara de campeã.

Tudo começou quando Parreira foi indagado a respeito de um comentário antes do início da Copa do Mundo de 1994. Na ocasião, o treinador disse que tinha chegado o grupo campeão, fato que acabou se concretizando depois. Indagado se via o mesmo perfil no time atual, o coordenador técnico repetiu a frase de 20 anos atrás. "Chegou hoje na Granja o time campeão".

"Se nós disséssemos que não tínhamos confiança de ganhar a Copa em casa, que repercussão teria isso? Como comandantes, confiamos nos jogadores. É só olhar o time que temos. Apenas retratamos o que sentimos. Temos a zaga mais cara do mundo, temos jogadores experientes, com qualidade, respeitados no futebol internacional, jogando em casa. Não basta ser favorito, tem que entrar e exercer o favoritismo. Não temos obrigação de ganhar, mas somos favoritos", disse. 

Parreira reafirma favoritismo e diz: "nós temos um timaço":

O coordenador técnico, porém, mostrou que para conquistar o título será necessário aprender com os erros das últimas duas Copas. Na de 2006, na qual ele era o técnico, a Seleção ficou muito exposta para a mídia e para os torcedores. Já em 2010, com Dunga no comando, o time se "trancou" e o treinador chegou a travar uma rixa com alguns membros da imprensa.

"Vamos tentar evitar estes dois extremos. O importante é que seguimos com conforto e segurança e vocês vão poder trabalhar. Vamos evitar o oba-oba. Não vamos ficar expostos por questões de segurança. Não podemos colocar mil, 2 mil pessoas para acompanhar treino. Vocês da imprensa vão ver de camarote. Tentaremos ainda sortear 10, 15 torcedores para ver um treino. É difícil. Vamos encontrar um meio-termo que ajudará a todos".

Trauma de 1950

Murtosa foi além e disse que a Seleção tem que aprender com a falha de um passado ainda mais distante. "Conversamos entre nós. Éramos favoritos. O grande mal daquela Copa (de 1950) foi o já ganhou. Nesse grupo não tem. Sabemos que temos um bom time, mas vai ser difícil".

Parreira, porém, diz que é preciso passar uma borracha nesta decepção. "Das quatro grandes, fomos a única que não ganhamos em casa. Vamos acabar com essa história de Maracanazzo. Queremos reescrever esta história".

Fonte: Terra
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