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Valcke afirma que Fifa 'fez tudo que pôde pelo Brasil'

9 mai 2014 - 17h11
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Depois de todos os problemas vividos no Brasil, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, insistiu no fato de a entidade ter feito de tudo para que a Copa do Mundo seja uma festa extraordinária.

A pouco mais de um mês para o início do Mundial, no dia 12 de junho, o homem forte da organização da Copa concedeu uma entrevista a vários veículos da imprensa, incluindo a AFP.

PERGUNTA: Ainda há um sentimento de urgência ou as coisas estão bem encaminhadas?

Resposta: "Eu não usaria esta palavra, ainda há coisas que não foram finalizadas e há trabalho a fazer até os primeiros jogos. Não diria que não está pronto, mas não está acabado. Não estou me referindo apenas aos estádios, mesmo que em alguns os assentos ainda não tenham sido todos instalados".

"Em relação às telecomunicações, ainda temos trabalho pela frente. Em alguns estádios precisamos de um pouco mais de tempo para fazer testes. Temos que receber os estádios em 21 de maio, ou seja, vamos entrar nesse dia na fase de uso exclusivo das instalações. Serão nossas equipes que vão trabalhar, então se eu tiver que dar uma bronca em alguém, vou poder fazer isso porque tenho o direito".

P: Qual é a situação atual do estádio da abertura da Copa do Mundo, em São Paulo?

R: "Não me preocupa tanto porque é um estádio que é propriedade de um clube de futebol, que é um dos maiores do mundo em relação à torcida. Minha maior preocupação é terminar todas as instalações temporárias, nossa principal tarefa nos próximos dias".

"O interesse pela partida de abertura é tão grande como para a final, talvez até maior do que para as partidas inaugurais de outros Mundiais. Não será fácil para o Brasil contra a Croácia. Tudo fará com que seja muito especial e por isso temos que estar em um nível de preparação perfeito".

P: Além das partidas, que tipo de problema preocupam a Fifa?

R: "Para mim, tudo conta. O sucesso da Copa do Mundo é o sucesso de todos. O êxito financeiro nós já temos, que é o da venda de ingressos. Nunca tínhamos vendido tantos ingressos. Nossa responsabilidade não é ter 64 partidas e um vencedor, mas sim corresponder às expectativas das pessoas que irão ao evento".

"Não será responsabilidade nossa se houver voos atrasados ou se ainda houver obras em Cuiabá. Vai ser uma grande festa e temos que aproveitar. Se você passa cinco horas na fila de uma boate sem poder entrar, você jogou fora sua noite, e não pode ser assim. Espero que não nos responsabilizem por tudo, que as pessoas entendam que fizemos todo o possível. Não trabalhamos contra o Brasil, mas sim com o Brasil. Fizemos todo o possível para que a Copa do Mundo seja extraordinária".

P: Como o senhor vê os riscos de novas manifestações sociais?

R: "O Brasil é um país imenso, onde existem problemas sociais, e o governo está tomando diferentes medidas para tentar solucionar os problemas. Isto leva tempo. A Copa não é um meio de solucionar ou resolver esses problemas, é um meio do governo aumentar o investimento em um curto período, o que não poderia ser feito sem a Copa ou os Jogos Olímpicos".

"As pessoas que foram às ruas no ano passado (Durante a Copa das Confederações) não se opunham em geral à Copa. Os problemas no Brasil são os mesmos em 2014 do que em 2013, então os motivos para sair às ruas não mudaram. Mas não há um país no mundo que não utilizaria a Copa do Mundo como trampolim".

"Não me sinto culpado pelo fato de haver uso de dinheiro público por parte da Fifa que poderia ser investido na educação ou outra coisa. Quando o Brasil apresentou a candidatura, havia um orçamento específico e uma grande parte do dinheiro foi investido na infraestrutura que vai ser usada pelos brasileiros. A única coisa que se pode discutir é o financiamento de toda a infraestrutura temporária que será usada apenas para a Copa. Mas as coisas são assim, faz parte da candidatura. Isso pode ser revisto para as próximas edições".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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