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Novo vice da CBF reprova técnico estrangeiro na Seleção

20 dez 2015 - 12h51
(atualizado às 14h43)
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Eleito na última quarta-feira para a vice-presidência da CBF, Antonio Carlos Nunes quer ampliar o protagonismo do posto na entidade que regula o futebol brasileiro. O dirigente, conhecido popularmente como coronel Nunes, disse que será implementada na instituição uma "gestão compartilhada" entre o presidente e os vices. O novo modelo de administração foi pensado para desconcentrar o poder exercido pelo principal mandatário da CBF.

Indiciado nos Estados Unidos por participação no esquema de corrupção da Fifa, Del Nero pediu licença por tempo indeterminado da presidência da CBF para se dedicar à sua defesa. O cargo de presidente interino é exercido hoje por Marcus Vicente, que também é deputado federal pelo Partido Progressista (PP) do Espírito Santo.

Aos 77 anos, o coronel da reserva da Polícia Militar tornou-se o vice mais velho da CBF
Aos 77 anos, o coronel da reserva da Polícia Militar tornou-se o vice mais velho da CBF
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

"Fui eleito para ocupar uma função de vice, mas já conversei com o Marco Polo e ficou decidido que vou estar na CBF no dia a dia. O presidente lá nunca tem um vice ao seu lado, já houve esse entendimento com o Marco Polo e com o Marcus Vicente", disse Nunes ao jornal Extra. "Estarei lá na sede desde o início do expediente, despacharei no dia a dia, mas não ultrapassarei o presidente. Apenas alguns encargos serão passados para o vice, não vamos mais sobrecarregar o presidente. Esse é o novo modelo que será implementado, uma gestão compartilhada".

O novo vice da CBF também se mostrou contrário à contratação de um técnico estrangeiro para assumir a Seleção Brasileira. "Sou brasileiro com muito amor. Não adianta vir um cara lá de fora, somos nós que ensinamos o mundo a fazer futebol. O torcedor do mundo todo quer ver o nosso futebol, nós é que temos que ensinar a eles como se faz. Faça uma pesquisa e veja onde estão nossos jogadores", afirmou.

Nunes foi eleito para substituir José Maria Marin na hierarquia da CBF. O ex-presidente da entidade cumpre prisão domiciliar em Nova York, nos Estados Unidos, após ser formalmente acusado de corrupção na Fifa. A escolha de Nunes para o cargo foi uma manobra de Del Nero para garantir a continuidade de seus aliados no poder caso ele seja obrigado a deixar a presidência. Aos 77 anos, o coronel da reserva da Polícia Militar tornou-se o vice mais velho da CBF, o que lhe dá o direito de substituir o mandatário em caso de renúncia.

Até a escolha de Nunes, o sucessor de Del Nero era o vice Delfim Peixoto. O dirigente é um ferrenho opositor da atual gestão e havia entrado com uma ação na Justiça para impedir a CBF de realizar a eleição para a vaga de Marin. Um primeiro parecer havia barrado o pleito, mas o departamento jurídico da entidade recorreu da decisão e conseguiu garantir a escolha de Nunes para o posto.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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