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Brilho exclusivo de Neymar coloca pressão sobre camisa 10

5 jun 2014 - 15h41
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Os próprios jogadores da seleção brasileira reconhecem abertamente: Neymar é o nome em que apostam para decidir os jogos para o Brasil na Copa do Mundo, uma pressão que o camisa 10 terá de suportar sozinho na ausência de outro nome à altura.

O atacante da seleção Neymar celebra gol contra o Panamá durante amistoso em Goiânia. 03/06/2014
O atacante da seleção Neymar celebra gol contra o Panamá durante amistoso em Goiânia. 03/06/2014
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

A vitória de 4 x 0 contra o Panamá, na terça-feira, em Goiânia, deixou evidente a importância do atacante do Barcelona para o time.

Até Neymar arrancar com a bola dominada, sofrer uma falta na entrada da área e abrir o marcador com uma cobrança perfeita, o time vinha sofrendo em campo e já ouvia as primeiras vaias das arquibancadas.

Logo depois do gol, Neymar deu um drible humilhante num zagueiro dentro da área que fez a torcida esquecer o início ruim de partida e passar a apoiar a equipe, que deslanchou.

Apesar das presenças de jogadores de destaque no futebol mundial, como Marcelo, Daniel Alves, Oscar e Hulk, só Neymar foi capaz de mudar o jogo para o Brasil, uma situação que pode voltar a se repetir na Copa do Mundo, que começa em uma semana.

"Ele é o cara que vai decidir para nós. É um jogador muito acima da média", reconheceu Fred, parceiro de ataque de Neymar e que tem o papel de ser o homem gol da seleção brasileira. No entanto, Neymar tem 31 gols em 48 jogos pelo Brasil, enquanto Fred tem 16 em 33 partidas.

Neymar passou a brilhar mais intensamente com a camisa do Brasil a partir da Copa das Confederações, no ano passado. Até então questionado por não conseguir repetir pela seleção as boas atuações que tinha pelo Santos, ele chamou a responsabilidade ao escolher a emblemática camisa 10 e correspondeu, sendo eleito o melhor jogador do torneio conquistado pelo Brasil.

Se no Barcelona Neymar passou por momentos de instabilidade, incluindo duas lesões em seu primeiro ano e alguns momentos na reserva, a primeira partida na volta à seleção mostrou que ele não perdeu o ritmo de jogo com a camisa do Brasil.

"É muito complicado marcar o Neymar. Com velocidade, bola no pé, dribles muito curtos. É complicado marcar um jogador rápido, habilidoso e inteligente. Ele reúne todas essas características", disse o capitão brasileiro, Thiago Silva.

O problema de ter em campo um jogador que se destaca muito mais que os outros é a possível falta que ele fará se não conseguir repetir sempre o mesmo nível de atuações ou se não estiver em campo.

Além das lesões, Neymar pode acabar suspenso de uma partida importante se levar dois cartões amarelos. Caçado em campo pelos rivais, ele costuma reclamar bastante com a arbitragem e às vezes revida. Contra o Panamá, por exemplo, levou amarelo após se envolver numa discussão.

Questionado sobre as provocações e sobre a pressão de ter que liderar o Brasil na Copa em casa, Neymar minimizou. “Pressão eu recebo desde menino. Me preparei para isso”, disse o atacante de 22 anos, após o jogo com os panamenhos.

Preocupado em rejeitar uma possível "Neymardependência" no Brasil, o técnico Luiz Felipe Scolari garante ter confiança em todos os jogadores e reforça que Neymar faz parte de um grupo.

"Ele pode jogar bem um dia e não jogar bem no outro, tem 10 para ajudá-lo a superar suas dificuldades, assim como as outras equipes. Temos um craque diferente, mas ele faz parte de um grupo", disse o treinador.

No entanto, pelo que foi visto em campo contra o Panamá, nenhum dos outros 10, e mais os que vieram do banco de reservas, conseguiram fazer o que Neymar teve que executar para resgatar o Brasil.

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