Cansado, Cielo vence primeira prova do ano com tempo ruim
12 mar2011 - 12h53
(atualizado às 16h23)
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O nadador Cesar Cielo estreou na temporada 2011, neste sábado, no Multimeeting de Natação, na piscina do Júlio de Lamare, no Rio de Janeiro, pela equipe do Flamengo. Cielo venceu os 100m livre, com o tempo de 50s68, seguido por Nicholas com Santos (50s85) e Thiago Sickert (52s65), ambos do Flamengo.
O tempo não foi satisfatório, mas, na verdade, reflete a atual fase de treinos muito pesados. "Estou feliz de começar a temporada no Brasil. O grupo de treino é forte e estamos fazendo um teste para saber como está nosso treinamento. Deu para ver que está pesado. Cheguei exausto", disse Cielo.
Cesar Cielo foi para Auburn em 2006 e, nos últimos anos, sempre estreava na temporada no exterior - vinha passando o primeiro semestre nos Estados Unidos. Este ano, com o Projeto Rumo ao Ouro em 2016, (P.R.O. 16), decidiu treinar no País, com um grupo de nadadores brasileiros, orientados pelo técnico Alberto Silva, o Albertinho.
"Tinha muitas opções de técnicos, uma pilha de currículos, mas pesou muito na minha decisão de ficar trabalhar com um cara que queria o que eu queria: uma medalha olímpica", explicou Cielo, sobre a opção de treinar com Albertinho. O atleta voltou a frisar que montou um grupo de treinamento de alto nível, mas que cada nadador defende o seu clube, ele, no caso, o Flamengo.
O técnico Albertinho avaliou que Cielo não fez uma boa prova nos 100m livre, neste sábado, cometendo erros na saída e virada, o que contribuiu para uma volta lenta, na casa dos 26s6. "Ele fez um ótimo aquecimento, achei que poderia nadar melhor, mas na prova ficou aquém do que eu imaginava. Mas isso não quer dizer nada, é normal. Tem o cansaço dos treinos - ontem mesmo eles malharam muito pesado. Ele não estava se sentindo muito acordado", afirmou Albertinho.
Cesar Cielo volta à piscina do Júlio de Lamare na tarde deste sábado para nadar os 50m livre, em programa de competições que começa às 16h (de Brasília). No domingo, nada os 100m borboleta, prova que não é sua especialidade.
Ben Johnson - Após aniquilar o recorde mundial em Seul 1988, sendo o primeiro a correr abaixo dos 9s80, testou positivo para um esteróide dois dias depois de conquistar o ouro. Jonhson acabou perdendo a medalha e o recorde mundial. Depois de 2 anos suspenso, voltou, mas não mostrou bons resultados, sendo pego novamente no doping em 1993 e banido do esporte por reincidência. Em 1997, foi personal trainer particular de Maradona, também conhecido por se envolver em escândalos de doping
Foto: Getty Images
Equipe de levantamento de peso da Bulgária - A Federação Internacional de Halterofilismo baniu do esporte 2 búlgaros e suspendeu outros nove por 4 anos devido a um escândalo de doping por esteróides antes de Pequim 2008. Alan Tsagaev (foto), prata em Sydney 2000, e Gueorgui Markov, foram banidos. Velitchko Tcholakov, Demir Demirev, Mehmed Fikretov, Ivalo Filev, Ivan Markov e Stefan Stoitsev, Guergana Kirilova, Milka Maneva e Donka Mintcheva foram suspensos por quatro anos.
Foto: Getty Images
Alberto Contador - Tricampeão da Volta da França, o ciclista testou positivo para clembuterol, em 2010, e acabou suspenso. No entanto, a Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) absolveu o ciclista espanhol. Contador culpou uma carne estragada servida em um hotel que, segundo ele, resultou na presença da substância em seu organismo.
Foto: Getty Images
Daiane dos Santos - A ginasta foi flagrada em um exame antidoping feito fora de competição, em julho de 2010. O teste apontou a presença da substância proibida furosemida, diurético usado para controlar peso. Em outubro, o resultado foi divulgado e o caso repercutiu imediatamente em todo o Brasil. A Federação Internacional de Ginástica acabou dando uma pena branda à atleta, que foi suspensa por 5 meses.
Foto: Getty Images
Dodô - Em 2007, o atacante, então no Botafogo, foi pego no antidoping por uso da substância fenproporex (anfetamina), que constava em uma cápsula de cafeína manipulada por uma farmácia. Inicialmente, Dodô foi suspenso por 120 dias, mas a Fifa, juntamente com a Wada, entrou com recurso contra o STJD, suspendendo atleta por 2 anos. O órgão alegou que Dodô não conseguiu provar o porquê de a substância estar em seu organismo.
Foto: Gazeta Press
Floyd Landis - Mais um ciclista envolvido com doping, o americano venceu a Volta da França em 2006, mas seu título foi retirado pela federação internacional por ter testado positivo para substâncias proibidas durante a 17ª etapa da competição, prova em que Landis cruzou a linha de chegada com 5 minutos de vantagem sobre o segundo colocado. O americano foi o primeiro ciclista a perder o título da Volta da França por consumo de substâncias ilegais
Foto: Getty Images
Richard Gasquet - Tenista francês testa positivo para cocaína em 2009 e é suspenso por 12 meses. Mas depois de analisar o caso, a Federação Internacional de Tênis reduziu a pena do tenista para 2 meses e 15 dias. Gasquet alegou que havia ingerido cocaína ao beijar uma mulher em uma festa durante o Torneio de Miami, época em que seu doping foi detectado.
Foto: Getty Images
Giba - Em 2003, quando o atleta atuava no Estense 4 Torri, da Itália, o exame antidoping apresentou resultado positivo para a substância metabolito de THC, um subproduto do consumo de maconha. Na ocasião, o jogador admitiu o uso e disse estar arrependido. A Federação Italiana de Vôlei suspendeu o atleta por oito jogos, uma pena branda, já que a Agência Mundial Antidoping prevê dois anos de suspensão nestes casos
Foto: Getty Images
Jaqueline - Às vésperas do Pan 2007, no Rio, uma das principais atletas da Seleção Brasileira de vôlei acabou pega no antidoping. Na época, Jaqueline afirmou que o resultado do exame se devia ao fato de ter tomado um chá para celulite, que continha sibutramina. A jogadora foi suspensa por 9 meses, mas, em setembro daquele ano, mudou sua defesa e afirmou que o produto usado era o CLA, remédio usado para queimar gordura. Após uma nova avaliação a pena foi reduzida para 3 meses.
Foto: Alexandre Arruda/CBV / Divulgação
João Derly - Bicampeão mundial de judô, o brasileiro João Derly ficou seis meses suspenso por doping, após usar um diurético, para acelerar a perda de peso, dias antes de um torneio, em 2002
Foto: AFP
Justin Gatlin - Em 2006, o velocista americano campeão olímpico de Atenas 2004 chegou a igualar o então recorde mundial do jamaicano Asafa Powell ao correr os 100 m em 9s77. Mas sua marca foi cancelada posteriormente devido à confirmação de doping, por excesso de testosterona no organismo. Gatlin acabou suspenso por 4 anos e só retornou às pistas em 2010.
Foto: Getty Images
Konstantinos Kenteris - Medalhista de ouro em Sydney 2000 nos 200 m rasos, o velocista grego e sua mulher, Ekaterini Thanou, medalhista de prata nos 100 m, não se apresentaram para o exame de doping e anunciaram que foram vítimas de um acidente de moto. O casal não compareceu ao exame em outras duas oportunidades. Quatro anos depois, o caso foi julgado e ambos foram absolvidos. A culpa ficou com o treinador Christos Tzekos, que recebeu a punição de quatro anos.
Foto: Getty Images
Escândalo da Rede Atletismo - Maior escândalo de doping do atletismo nacional, cinco atletas do clube foram pegos em um exame surpresa, em 2009. São eles: Bruno Lins Tenório de Barros, Jorge Célio da Rocha Sena, Josiane da Silva Tito, Luciana França e Lucimara Silvestre (foto). Os técnicos Jayme Netto Júnior e Inaldo Sena admitiram culpa no caso e afirmaram ter concordado com o uso da substância proibida eritropoietina (EPO) para acelerar o processo de recuperação dos atletas.
Foto: Getty Images
Diego Maradona - Considerado o melhor jogador da história da Argentina e um dos melhores de todos os tempos, Maradona, campeão do mundo em 1986, foi pego no doping durante a Copa de 1994 após a vitória sobre a Nigéria por 2 a 1. O jogador teria usado efedrina natural e mais quatro derivados sintéticos. Além disso, teve muitos problemas com as drogas, especialmente com a cocaína. Por conta de seu vício, após se aposentar como jogador, chegou a ficar internado correndo risco de mote.
Foto: Getty Images
Marion Jones - Após conquistar três medalhas de ouro e duas de bronze nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney, e investigada pela Justiça americana no caso Balco, Marion Jones confessou, em 2007, ter usado esteróides na competição disputada na Austrália. Punida com dois anos de suspensão, a atleta devolveu as medalhas ao COI e encerrou a carreira no atletismo.
Foto: Getty Images
Martina Hingis - A tenista suíça anunciou sua segunda e definitiva aposentadoria do tênis profissional em novembro de 2007 ao ter sido notificada sobre o resultado positivo de um exame antidoping, que acusou a presença de cocaína. Martina, ex-número 1 do mundo e vencedora de cinco Grand Slams, negou o uso de drogas, mas abandonou o circuito do tênis.
Foto: Getty Images
Maurren Maggi - Poucos dias antes do Pan de Santo Domingo, em 2003, a atleta foi suspensa da competição acusada de doping positivo. Maurren alegou que não sabia da presença da substância clostebol na composição de um creme cicatrizante, aplicado após uma sessão de depilação definitiva. Suspensa por dois anos, Maurren ficou de fora de Atenas 2004
Foto: Getty Images
Rebeca Gusmão - No fim de 2007 foi confirmado o doping da nadadora. A federação suspendeu a atleta por dois anos, mas Rebeca recorreu para tentar reverter a pena. No entanto, foi considerada culpada novamente e acabou banida do esporte, já que a Agência Mundial Antidoping permite que um atleta seja condenado no máximo uma vez. Longe da natação, em 2008, começou a jogar futebol. Em 2009, Rebeca foi absolvida da acusação de falsidade ideológica por utilizar urina de outra pessoa
Foto: Getty Images
Cavalo de adversário de Rodrigo Pessoa - Cavalo Waterford Crystal, que levou Cian O'Connor a conquistar o ouro da Irlanda em Atenas 2004, testou positivo para substâncias proibidas. Com isso, o brasileiro Rodrigo Pessoa, prata nos saltos, herdou o primeiro lugar. Tranquilizantes fluphenazine e zuclophenthixol foram encontrados na amostra do cavalo
Foto: Getty Images
Tomas Enge - Único piloto da história a ser pego no doping, o checo teve seu título da Fórmula 3000 do ano de 2002 cassado por conta do caso. A urina de Enge foi examinada depois de uma corrida na Hungria e continha substâncias presentes na maconha. Além de perder o título, Enge ficou suspenso por 1 ano.