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Copa Nordeste

Sensação no Ceará, Ricardinho conta segredos de virada pela Copa Nordeste

19 fev 2013 - 07h23
(atualizado às 07h24)
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<p>Ricardinho no comando do Ceará: semifinalista da Copa Nordeste</p>
Ricardinho no comando do Ceará: semifinalista da Copa Nordeste
Foto: Divulgação

Contra todos os prognósticos, o Ceará conseguiu uma classificação impressionante às semifinais da Copa Nordeste no último domingo. Derrotado por 2 a 0 em Fortaleza no jogo de ida, reencontrou o Vitória apenas dois dias depois e massacrou: 4 a 1 no Barradão, vaga confirmada e mais um bom feito de um treinador promissor. Ricardinho, que assumiu o clube em janeiro e, em seu segundo trabalho na nova função, cumpre as expectativas. Ele fala sobre isso e mais nesta entrevista exclusiva ao Terra.

Pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, Ricardinho estreou técnico há um ano, pelo Paraná Clube, que amargava crise na segunda divisão paranaense. Foi campeão e, na Copa do Brasil, alcançou as oitavas de final - eliminou, pelo caminho, o próprio Ceará que hoje dirige, mas foi eliminado pelo Palmeiras, eventual campeão. Já na sequência, pela Série B, pediu demissão quando a equipe estava em 12º lugar. 

A personalidade dos tempos de meia armador, Ricardinho também mostrou ao pedir o boné. A equipe havia entrado em crise por salários atrasados, o que quebrava uma promessa do treinador aos jogadores. Hoje no Ceará, ele vê um clube mais bem estruturado para permancer por toda a temporada. Um ano que se inicia bem, pela Copa Nordeste: no próximo domingo, contra o Asa de Arapicara, inicia a luta por uma vaga na decisão.

Abaixo, confira a entrevista exclusiva de Ricardinho na íntegra:

Terra - O que explia a reviravolta do Ceará nas quartas de final contra o Vitória?

Ricardinho - Foi uma grande classificação, mas por o mérito dos jogadores. Do esforço e da dedicação deles. O futebol é gostoso por isso, porque no primeiro jogo tomamos a iniciativa, criamos inúmeras oportunidades, fizemos um grande jogo e perdemos por 2 a 0. Ontem (domingo) parece que a história mudou, pois marcamos bem e fizemos uma boa partida, mas não tivemos oportunidades como no jogo de quinta. Fomos competentes nas que tivemos.

Terra - Como foi a preparação para sair de 2 a 0 para vencer por 4 a 1 no Barradão?

Ricardinho - Nossas circunstâncias foram de um bom jogo que não aproveitamos. Pela boa participação, tem que fazer ajustes técnicos e táticos mínimos. Conta o psicológico, de motivar, de entender que domingo era outra história. Trabalhamos duro e no limite. 

Terra - Para essa questão psicológica, como você trabalhou? Teve algum tipo de ajuda externa?

Ricardinho - Não adianta motivar sem preparar a equipe tecnicamente. Tenho um diálogo aberto com os jogadores, tento ser o mais sincero possível sempre. Se a situação não é boa, e procuro ser sincero. Mas para poder cobrar ou consertar algo, tem que saber elogiar também, senão só fica na crítica. Trabalho isso sempre com sinceridade e coloco a realidade. Não foi feito nada além disso, de uma boa conversa e de boas colocações.

Terra - Qual tem sido sua primeira impressão sobre o Ceará e as chances de fazer um bom trabalho?

Ricardinho - Estou tranquilo e satisfeito. É um clube de boa estrutura, de torcida participativa que comparece ao jogo. Estamos no início, com um grupo novo se moldando e crescendo, mas que entende o nosso trabalho. A direção é participativa e nos dá todo o respaldo. 

Terra - Sobre o trabalho no Paraná Clube, qual sua avaliação? O que deu certo e o que deu errado?

Ricardinho - Não gostaria de falar mais nada do Paraná. Falei bastante quando saí de lá. Foi extremamente positivo, hoje o Paraná disputa a Série A (Estadual), fizemos um bom Brasileiro (da Série B), mas não gostaria de comentar nada do Paraná. Sou treinador do Ceará e não acho correto fazer colocações. Foi altamente positivo para mim. 

Terra - As pessoas em geral têm grande expectativa sobre você como treinador, pela inteligência dentro e fora de campo. Você percebe isso?

Ricardinho - Gradativamente estou ocupando meu espaço na nova função. Gosto muito do que eu faço, estou muito satisfeito, tenho uma adaptação muito boa. Agora, a expectativa? Não sinto. Sou paciente, sou um cara que sei do meu trabalho e é assim em toda função. Fui ocupando meu espaço onde trabalhei como jogador, aqui não é diferente.

Terra - O início no Ceará também tem sido bom....

Ricardinho - É ter calma, sem se deslumbrar com nada. O futebol exige muito equilíbrio do técnico, tem que entender as situações do futebol sempre. Quem trabalha nessa função tem que estar sempre equilibrado, nas vitórias e nas derrotas.

Fonte: Terra
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