Chamado de "besta", A. Brasil exalta confiança com ouro e recorde
1 set2012 - 06h34
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Danilo Vital
Direto de Londres
A medalha de prata nos 200 m medley SM10 começou a "quebrar" o gelo do brasileiro André Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres, na quinta-feira. Nesta sexta, ele completou o processo e ainda ganhou confiança por mais sucesso, ao conquistar o ouro nos 50 m livre S10, com direito a quebra de recorde mundial: 23s16. O grande desempenho foi exaltado por um amigo espanhol que o chamou de "besta".
"Ontem foi um 'start'. Começou a competição, sabe? Eu queria ter feito algo melhor, a gente sempre quer algo mais, mas eu fiquei satisfeito com o resultado. Aquele gelo de começar a nadar passou. Caí (na água) de manhã mais confiante, até brincando um pouco mais com os meus amigos", afirmou André Brasil, após a prova no Centro Aquático.
Assim, o brasileiro chega à marca de sete medalhas paralímpicas - em Pequim 2008 conquistou quatro ouros e uma prata. A força que demonstra na modalidade fez ganhar um apelido curioso junto aos nadadores espanhóis: besta. A denominação é frequentemente dada a esportistas de alta performance ou destaque. O meia Julio Baptista, por exemplo, era chamado de "La Bestia" quando defendia o Sevilla.
André Brasil, no entanto, negou o apelido. "Tenho certeza que eu não sou um ser inalcançável como alguns atletas e amigos me chamam, principalmente nas provas rápidas, de 50 m e 100 m. Tanto que meu amigo da Espanha me diz que eu sou, no bom sentido, uma besta. Uma besta de algo como se fosse um bicho, um animal, e eu tenho certeza que eu não sou isso", afirmou.
O atleta australiano Grant Patterson se dirige até a piscina do Centro Aquático utilizando uma bicicleta. Ele terminou a prova dos 50 m livre S4 na 14ª posição, com o tempo de 55s49, novo recorde da Oceania
Foto: Reuters
Deficiente visual, a nadadora italiana Cecilia Camellini recebe orientação em momentos finais da prova, disputada no Centro Aquático
Foto: AP
André Brasil disputa as eliminatórias dos 50 m live S10, para nadadores com limitações físico-motoras. Brasileiro avançou à final com o melhor tempo do dia: 23s50
Foto: Buda Mendes/CPB / Divulgação
André Brasil busca sua segunda medalha nos Jogos Paralímpicos de Londres. Nesta quinta-feira, ele terminou na segunda colocação dos 200 m medley S10, categoria para nadadores com limitações físico-motoras
Foto: Buda Mendes/CPB / Divulgação
Ronystony Cordeiro nada durante a disputa dos 50 m livre S4, para nadadores com limitações físico-motoras. Brasileiro terminou em 6º na sua bateria e não avançou à final
Foto: Márcio Rodrigues/CPB / Divulgação
Russo Aleksei lyzhikhin pula na água durante as disputas desta sexta-feira no Centro Aquático de Londres
Foto: Reuters
Nadadora Susannah Rodgers disputa classificatória dos 50 m borboleta S7, para nadadores com limitações físico-motoras; britânica liderou sua série e avançou à final da prova
Foto: Getty Images
Britânica Amy Marren disputa semifinal dos 100 m costas S9, também para nadadores com limitações físico-motoras; terceira melhor em sua série, Amy se classificou à final
Foto: AP
Canadense Nathan Stein lidera série semifinal dos 50 m livre S10, para nadadores com limitações físico-motoras, e disputa final ainda nesta sexta-feira
Foto: Getty Images
Canadense Summer Ashley Mortimer lidera bateria dos 50 m livre S10 e chega à final da competição com o quarto melhor tempo
Foto: Getty Images
Takuya Tsugawa na largada dos 100 m costas S14, para nadadores com deficiência intelectual; com 4º melhor tempo de sua bateria, o japonês ficou fora da briga por medalha
Foto: Getty Images
Thomas Young respira durante disputa da semifinal dos 400 m livre S8, para nadadores com limitações físico-motoras; com melhor tempo de sua série, o nadador defenderá a anfitriã Grã-Bretanha na final da prova