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De Pelé nos EUA a R10 no México, veja craques pelo mundo

Ronaldinho no México não é primeiro astro brasileiro em centros alternativos; relembre

6 set 2014 - 13h52
(atualizado às 13h59)
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Depois de anos em países de primeiro porte como Brasil, França, Espanha e Itália, Ronaldinho acertou, nesta sexta-feira, a sua ida ao México. Até 2016, ele jogará pelo modesto Querétaro, também conhecido como o “Galo Mexicano”. Assim, o astro atuará pela primeira vez na carreira em um campeonato que sequer se compara aos de grandes centros do futebol mundial. Isto, contudo, não é algo inédito. Desde Pelé, passando por Garrincha, Rivellino, Zico, Romário, e chegando a Kaká, relembre, abaixo, os casos em que grandes craques brasileiros foram atuar em países com pouca tradição no futebol:

Garrincha no Junior Barranquilla, da Colômbia

O maior ponta direita da história do futebol brasileiro se aventurou em um centro alternativo. Sua história, porém, se resume a um jogo. Em 1968, aos 35 anos, Garrincha viajou a Barranquilla, na Colômbia, para reencontrar a cantora Elza Soares, com que havia se casado e que havia acertado uma agenda de shows com duração de um mês no país. Foi durante esta viagem que ele assinou contrato com o Atlético Júnior de Barranquilla. Com a camisa da modesta equipe sul-americana, porém, Garrincha só atuou em um duelo, contra o Santa Fé. O time do brasileiro perdeu por 2 a 1, e ele não marcou nenhum gol. Bastou isso, entretanto, para ser ídolo do time até os dias de hoje. (Foto: Getty Images)

Foto: Getty Images

Pelé no Cosmos, dos Estados Unidos

Três títulos mundiais com a Seleção Brasileira, dois com o Santos e uma multidão de fãs ao redor de todo o planeta. Em 1975, Pelé já era o Rei do Futebol e estava em busca de um grande desafio para, enfim, encerrar a carreira. E ele foi encontrado nos Estados Unidos. O maior jogador de todos os tempos aceitou a ousada oferta do desconhecido New York Cosmos e jogou por dois anos na equipe americana. Coube a ela ser a única, com exceção do Santos, a contar com o futebol de Pelé na história. Mesmo aos 35 anos, o brasileiro deu alguns shows dentro de campo, anotou 64 gols em 105 jogos, foi campeão da liga nacional em 1977 e ajudou a popularizar o esporte disputado com a bola nos pés nos Estados Unidos.

Foto: Getty Images

Rivellino no Al-Hilal, da Arábia Saudita

Com um título mundial e três participações em Copas na carreira, Rivellino era, em 1978, um dos maiores jogadores em atividade do futebol brasileiro. Com o jogador já com 33 anos, contudo, o Fluminense não resistiu aos petrodólares árabes e vendeu o seu maior craque ao Al-Hilal, da Arábia Saudita. Lá, Rivellino foi campeão da Copa do Rei, bicampeão nacional e anotou 23 gols em 57 jogos. Entretanto, em 1981, quando pretendia voltar ao Brasil para atuar pelo São Paulo, o meio-campista se desentendeu com o príncipe Kaled, não conseguiu ser liberado e, assim, viu-se obrigado a encerrar aos 35 anos.

Foto: Getty Images

Zico no Kashima Antlers, do Japão

Depois de carreira magnífica no Flamengo e passagem não menos importante pela Udinese, da Itália, Zico aceitou uma proposta ousada em 1991. Com 38 anos, cruzou o planeta e foi jogar pelo Sumitomo Metals, do Japão. Uma temporada depois, o clube mudou seu nome e passou a ser chamado de Kashima Antlers. Independente disto, o brasileiro brilhou em terras nipônicas. Anotou 54 gols em 88 jogos, conquistou quatro títulos e, assim como Pelé fez nos Estados Unidos, ajudou a popularizar e a profissionalizar o futebol no Japão, até então forte apenas nas artes marciais. A passagem de Zico pelo país foi tão boa que ele é o maior ídolo do futebol japonês, já treinou o Kashima Antlers e, inclusive, comandou a própria seleção nipônica em uma Copa do Mundo.

Foto: AP

Romário nos Estados Unidos e Austrália

Em 2006, já com 40 anos, Romário atuava pelo Vasco e estava em busca do milésimo gol de sua carreira. Para ajudar o seu ídolo a alcançar tal marca, o clube carioca anunciou o Projeto Romário 1000 Gols, que gerou muita polêmica por transformar jogos-treinos contra equipes fracas em amistosos com súmula e uniforme oficial. Tudo isto, para que os prováveis tentos de Romário fossem contabilizados. Este fato tornou insustentável a permanência do jogador no Brasil, e ele foi vendido ao Miami FC, dos Estados Unidos.

Atuando contra times americanos, a chance de fazer mais gols era maior. O contrato dizia que, quando o atacante estivesse perto do milésimo, retornaria ao Vasco. Nos Estados Unidos, Romário jogou a segunda divisão nacional, foi artilheiro do campeonato, mas não conseguiu chegar às fases finais. Como ainda tinha 985 tentos na carreira, resolveu procurar outra equipe e foi atuar pelo Adelaide United, da Austrália. Lá, recebeu R$ 500 mil por seis partidas: dois amistosos e os quatro primeiros jogos do Campeonato Australiano. Entretanto, ele não foi bem e só anotou um gol.

Foto: Getty Images

Rivaldo na Grécia, Uzbequistão e Angola

Considerado por muitos como o craque da campanha do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira em 2002, Rivaldo foi o astro canarinho que mais se aventurou em pequenos centros. A começar pela Grécia. Em 2004, com 32 anos e já em decadência, foi vendido pelo Cruzeiro ao Olympiacos, clube pelo qual jogou por três anos e no qual se tornou lenda. Lá, o brasileiro foi tricampeão grego e bicampeão da copa nacional. Em 2007, acertou com o rival AEK Atenas, onde também jogou bem e foi campeão grego. Entretanto, o título foi perdido nos tribunais para o ex-clube do brasileiro, graças à escalação pelo AEK de um atleta pego no exame antidoping.

Depois de passagem memorável pela Grécia, Rivaldo se arriscou no desconhecido futebol do Uzbequistão. Comprado por aproximadamente R$ 35 milhões, atuou pelo Bunyodkor por duas temporadas e também fez sucesso, conquistando o bicampeonato da liga e uma copa nacional. Ele só saiu do país em 2011, quando retornou ao Brasil para defender o São Paulo. Em 2012, porém, o craque voltou a surpreender: com 40 anos, anunciou transferência ao Kabuscorp, de Angola, por cerca de R$ 10 milhões. Lá, Rivaldo permaneceu por um ano, teve alguns desentendimentos e anotou 11 gols em 21 jogos, para depois retornar a São Paulo e defender São Caetano e Mogi Mirim antes de encerrar a carreira.

Foto: Getty Images

Kaká no Orlando City, dos EUA

Ídolo em São Paulo e no Milan, Kaká foi vendido ao Real Madrid em 2009 com status de grande estrela. Entretanto, nos quatros anos em que ficou na Espanha, sofreu com inúmeras lesões e não conseguiu repetir as atuações que o fizeram ser eleito o melhor jogador do mundo em 2007, na Itália. Assim, retornou na temporada passada ao clube rossonero, onde recuperou o bom futebol e conseguiu amadurecer a ideia de um novo desafio. Ele acontecerá nos Estados Unidos, que contam com liga nacional em franca evolução e terão o brasileiro no novato Orlando City a partir de 2015. O meia disse ter se encantado com o projeto do clube e, até o ano que vem, mantém o ritmo de jogo emprestado ao São Paulo, clube no qual iniciou a carreira.

Foto: AP

Ronaldinho no Querétaro, do México

Mito no Barcelona e no Atlético-MG, Ronaldinho deixou o clube mineiro no meio da atual temporada, após passagem vitoriosa de dois anos que contou com inédito título da Copa Libertadores da América. O meia esteve (novamente) perto de um acerto com o Palmeiras, mas, quando todos esperavam pela ida ao Palestra Itália, a outro clube brasileiro ou até aos Estados Unidos, ele surpreendeu: na noite desta sexta-feira, foi anunciado pelo modesto Querétaro, do México, por duas temporadas. Neste novo desafio da carreira, o brasileiro terá um fator que o deixará mais em casa: a equipe mexicana é apelidada de “Gallos Brancos”, assim como o Atlético-MG.

Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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