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Chega de falar do emocional, Brasil precisa mostrar força em campo, diz Fernandinho

30 jun 2014 - 20h11
(atualizado às 20h27)
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A seleção brasileira tem que conseguir levar para dentro de campo o favoritismo na Copa do Mundo e não mais se preocupar com a parte emocional, disse o volante Fernandinho nesta segunda-feira, depois que vários atletas da equipe deram sinais de estar com os nervos à flor da pele na decisão de pênaltis contra o Chile.

Fernandinho concede entrevista nesta segunda-feira.
Fernandinho concede entrevista nesta segunda-feira.
Foto: Marcelo Regua / Reuters

As cenas de choro do capitão Thiago Silva, do goleiro Julio Cesar e do atacante Neymar, entre outros, antes e depois da vitória nos pênaltis sobre o Chile, além do pedido do zagueiro para ser o último a cobrar pênalti por falta de confiança, colocaram em xeque o fator psicológico dos brasileiros, que têm a responsabilidade de conquistar o primeiro título mundial em casa e o sexto do Brasil.

Fernandinho, no entanto, disse que a seleção brasileira já fez o que tinha que fazer na parte emocional e que agora são os próprios jogadores que devem conversar entre si para que o time traduza dentro de campo o favoritismo do início da competição, algo que ainda não conseguiu nessa Copa do Mundo.

"Agora não é a hora de trabalhar mais a parte emocional, todo mundo está ciente do que a gente precisa fazer. O que importa agora é mostrar dentro de campo por que a gente está aqui", afirmou o jogador do Manchester City, que ganhou a vaga de titular do Brasil durante a Copa.

"As conversas com os psicólogos fora muito boas, agora são as conversas entre atletas, jogadores. Todo mundo é bastante experiente, bem cascudo, todo mundo tem condições de conservar e tentar mudar. A conversa entre nós atletas pode mudar as coisas daqui para frente", acrescentou.

Desde o início da preparação para a Copa do Mundo, alguns jogadores, incluindo Thiago Silva, reconheceram que estão sob uma pressão extra por jogar em casa e devido à derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950 no Maracanã.

O técnico Luiz Felipe Scolari levou psicólogas ao centro de treinamento da equipe na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), para traçar um perfil psicológico de cada jogador de forma a auxiliá-lo no trabalho emocional com os atletas.

O clima de tensão na partida contra o Chile, no entanto, levou muitos jogadores a desabarem. Após chorar bastante antes da cobrança de pênaltis, Thiago Silva pediu ao técnico para não cobrar porque "não estava confiante".

Também houve cenas de choro após a vitória e até no gol do zagueiro David Luiz, que abriu o placar da partida para o Brasil, sem falar nas lágrimas dos jogadores sempre que o Hino Nacional é cantado à capela pela torcida antes dos jogos.

Fernandinho garantiu que o time está com o emocional "tranquilo" e pediu foco da equipe no próximo jogo.

"Não adianta ficar dando muita ênfase para isso (emocional) e esquecer que a gente tem um jogo super importante na sexta-feira", afirmou.

A seleção brasileira enfrenta a Colômbia, em Fortaleza, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

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