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Chile quase bateu Brasil na Copa. Vai acontecer de novo?

29 mar 2015 - 06h13
(atualizado às 08h31)
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"Se tivéssemos sido eliminados contra o Chile nas oitavas, era justo". A frase é de Fred, do Fluminense, em entrevista ao Sportv recentemente. Ele falava sobre como o Brasil teve dificuldades naquele jogo pela Copa do Mundo de 2014. Nove meses depois, há razão para acreditar que novamente a Seleção vai passar sufoco contra o Chile? Os times vão fazer esse teste neste domingo, às 11h (de Brasília), em Londres, com acompanhamento do Terra.

Naquela oportunidade, na Copa do Mundo, o jogo terminou 1 a 1 e foi para os pênaltis. O Brasil se classificou com duas defesas de Júlio César e deixou evidente todas suas limitações. Mas não é correto tirar o mérito do Chile. O time do talentoso técnico Jorge Sampaoli já era apontado como possível surpresa da Copa, eliminou a campeã Espanha na fase de grupos e tinha potencial para ir mais longe.

Em nove meses, é impossível os dois times mudarem muito. Mas os fatores que decidiram aquela partida podem ser analisados para sabermos se teremos outro jogo semelhante neste domingo. Veja a análise do que pode mudar (ou não) em relação àquele duelo.

Jogadas chilenas pelas laterais

<p>Sánchez é o principal perigo para o Brasil</p>
Sánchez é o principal perigo para o Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O Brasil sofreu muito porque o Chile costuma abrir seu jogo e priorizar a criação de jogadas pelas pontas. Ainda existem dúvidas sobre as escalações dos dois times, mas é provável que Sampaoli volte a escalar três zagueiros, deixando dois alas livres para tabelar com dois atacantes que jogam abertos - Alexis Sánchez e Eduardo Vargas. O lateral Marcelo, do Brasil, tem boas chances de ser testado como titular neste domingo, mas não conseguiu marcar os chilenos na Copa. Por que daria conta dessa vez?

Marcação avançada

É uma característica que define o estilo de jogo do Chile. O time sempre começa colocando muita pressão contra os times adversários, o que dificulta a saída de bola deles e permite que apenas o Chile jogue. O Brasil tem treinado bastante essa situação nesta semana, até porque imaginou que a França faria o mesmo, mas na prática tudo é bem diferente.

Brasil no contra-ataque

É um perigo, mas o Brasil assumiu esse risco na Copa do Mundo e deve repetir neste domingo: diante de um time que gosta de ter a posse de bola e invadir o território adversário, a Seleção pode recuar e apostar no espaço que terá para contra-ataques rápidos. É aquilo que o "trio mágico" do Brasil sabe fazer com perfeição, já que não possui muitas jogadas prontas e movimentos treinados para criação ofensiva.

Erros de finalização

Com o Chile avançado e o Brasil eficiente nos contra-ataques, é grande a chance de termos um jogo cheio de gols, correto? Em partes. Na Copa do Mundo tudo isso aconteceu, mas houve uma "tempestade" de gols perdidos. Os brasileiros tiveram as melhores chances, mas é impossível não esquecer o chute de Pinilla na trave, no final do segundo tempo da prorrogação. A bola realmente não queria entrar naquele dia. Neste domingo, deve ser diferente.

Diferença nas bolas aéreas

<p>David Luiz corre para comemorar gol contra o Chile</p>
David Luiz corre para comemorar gol contra o Chile
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Isso é uma certeza de repetição, afinal os jogadores não cresceram ou encolheram nos últimos nove meses. A escalação também é quase a mesma. Apenas os poucos treinamentos podem ter diminuido a vantagem que o Brasil leva nas bolas aéreas. O gol da Seleção naquele jogo da Copa saiu examente após um escanteio. O atual time de Dunga é até mais baixo que aquele da Copa - tem Elias no lugar de Fernandinho, e Willian na vaga de Hulk, por exemplo. Mas ainda deve subir mais alto que os chilenos.

Choro em campo

Uma das cenas mais marcantes da Copa: ver o capitão do Brasil, Thiago Silva, chorar copiosamente, depois de ter se isolado do grupo na disputa por pênaltis. A postura dele foi muito criticada e, desde então, muitos fatores mudaram na Seleção Brasileira. O time está mais sério, sem exagerar nas "firulas". Não entra mais em campo com a mão no ombro do companheiro e nem canta o Hino Nacional à capela. E o mais importante: Thiago Silva já não é mais o capitão, então terá que engolir suas lágrimas.

Times em teste

Tanto Brasil quanto o Chile chegaram na Copa do Mundo com seus times bem definidos, com poucas dúvidas ou novidades. Neste domingo, porém, tuda muda: Dunga ja avisou que fará mudanças que serão determinadas pelo estado físico dos jogadores. Então é quase impossivel saber a escalação. De qualquer forma, uma possibilidade real seria: Jefferson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Fernandinho e Elias; Willian, Philippe Coutinho, Neymar e Robinho. Seria um time com quatro novidades, mas é possível que haja ainda mais mudanças.

No Chile também estão acontecendo testes. O time jogou contra o Irã na semana passada e usou muitos reservas, poupando os principais atletas para o jogo contra o Brasil. Portanto, Sampaoli não deu muitas pistas de qual será sua escalação neste domingo. A imprensa acredita que o time deve ser escalado no 3-4-1-2, como aconteceu na Copa. A escalação deve ter Bravo; Medel, Isla e Jara; Aránguiz, David Pizarro, Jaime Valdés e Mena; Vidal; Alexis Sanchez e Vargas.

CONCLUSÃO

Ainda que os dois times estejam e testes e mudando bastante suas escalações, as táticas e estratégias não são muito diferentes em relação à Copa do Mundo. Portanto, é provável que o cenário daquele jogo aconteça novamente sim, com o Chile avançado, criando chances pelas pontas, mas passando sufoco nos contra-ataques do Brasil. O que vai determinar é as finalizações. Se dessa vez os jogadores estiverem mais inspirados, é grande a chance de vermos um espetáculo ainda melhor que na Copa do Mundo.

Na água! Seleção treina na piscina antes de encarar Chile:
Fonte: Terra
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