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Cielo contrata advogado especialista em casos de doping

13 jul 2011 - 08h51
(atualizado às 08h54)
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O brasileiro César Cielo segue tentando manter a discrição no caso de seu doping. Em Macau, na China, onde treinará com a equipe brasileira para o Mundial de Xangai, o melhor nadador do Brasil terá em sua defesa um advogado que já defendeu atletas como Marion Jones, Jessica Hardy e Floyd Landis para tentar evitar uma suspensão pela Corte Arbitral do Esporte (CAS).

De acordo com o portal italiano Inside The Sport, Cielo contratou Howard Jacobs para representá-lo no julgamento de seu doping por furosemida. A intenção é garantir que Cielo não seja punido e possa disputar o Mundial e os Jogos Olímpicos de 2012 normalmente.

Howard Jacobs é considerado especialista em casos de doping, e já representou os velocistas Marion Jones e LaShawn Merritt, além da nadadora Jessica Hardy e o ciclista Floyd Landis. Marion Jones e Floyd Landis, no entanto, foram suspensos por dois anos após confessarem infrações. A primeira, inclusive, chegou a passar seis meses em reclusão, enquanto Landis teve a prisão decretada em 2010 por um juiz francês, embora o mandado não tenha sido cumprido. Meritt teve a mesma pena e Hardy ficou fora do esporte por um ano.

Entenda o caso

O velocista Cesar Cielo teve resultado adverso para a substância proibida furosemida em um exame antidoping feito no Troféu Maria Lenk, realizado em maio, no Rio de Janeiro. Além do campeão olímpico e mundial, outros três nadadores brasileiros também foram flagrados: Nicholas Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa.

De acordo com nota da CBDA, divulgada em 1º de julho, os envolvidos declinaram do direito de realização da amostra B e definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, o que comprovaria que não houve aumento dos seus desempenhos. Desta forma, a entidade optou apenas por uma advertência aos quatro atletas, uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte deles no episódio. O próprio Cielo, em nota oficial divulgada posteriormente, disse que "em nenhum momento fui imprudente ou negligente ou usei de imperícia". Por essa razão, o brasileiro poderá disputar o Mundial de Esportes Aquáticos, de 16 a 31 de julho, em Xangai. O mesmo não acontecerá com Henrique Barbosa e Nicholas Santos, que tinham obtido seus índices no Maria Lenk e tiveram seus tempos anulados.

A situação dos atletas, no entanto, ainda não está totalmente definida. Já que a Fina resolveu recorrer à CAS para tomar uma decisão se os quatro devem ou não ser punidos pelo uso da substância, seguindo as regras das leis antidoping da Fina, o julgamento ocorrerá até o próximo dia 24.

Dos quatro flagrados no exame, apenas Henrique Barbosa não faz parte do P.R.O 2016 (Projeto Rumo ao Ouro), idealizado por Cielo com vistas a Olimpíada do Rio de Janeiro. O nadador é também um dos destaques do Flamengo. No Troféu Maria Lenk, competição na qual os atletas foram flagrados, Cielo foi surpreendido pelo compatriota Bruno Fratus na prova dos 100 m nado livre, uma de suas especialidades, ficando em segundo. No entanto, levou ouro nos 50 m livre, 50 m borboleta e nos revezamentos 4x50 m livre, 4x100 m livre e revezamento 4x100 m medley. Todos os resultados dele e dos outros nadadores flagrados na competição foram cancelados.

Menos conhecido entre os quatro nadadores, Waked, 23 anos, já havia sido suspenso por dois meses ainda neste ano por uso da substância isometepteno. Na época, ele se defendeu alegando que utilizou um remédio para dor de cabeça.

O advogado de Cielo será Howard Jacobs, que já defendeu Marion Jones, Jessica Hardy e Floyd Landis
O advogado de Cielo será Howard Jacobs, que já defendeu Marion Jones, Jessica Hardy e Floyd Landis
Foto: Satiro Sodré/CBDA / Divulgação
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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