Com Maurren Maggi, entidades realizam ato nesta quinta contra a demolição do Célio de Barros
Com o intuito de tentar evitar a demolição do Estádio Célio de Barros, localizado dentro do Complexo Esportivo do Maracanã, no Rio de Janeiro, diversas entidades vão se reunir hoje no Centro da cidade para a realização de um ato contra essa decisão. De acordo com o planejamento do governo do estado, o tradicional estádio de atletismo dará lugar a lojas e estacionamento por conta da reforma do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. O protesto está marcado para as 18h30 (de Brasília), na Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
No ato, que terá a participação de diversos atletas, com destaque para a campeã olímpica Maurren Maggi, o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, a Federação de Atletismo do Rio (Farj), a Associação dos Veteranos de Atletismo do Rio de Janeiro (AVAT-RJ) e a ABI vão lançar um documento oficial que será enviado à Presidenta Dilma Rousseff, ao Ministério do Esporte e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Cópias do documento também serão entregues ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e à Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), entre outros órgãos do Brasil e do Mundo.
A ideia do movimento é expor o caso para as entidades internacionais e chamar a responsabilidade do governo federal na situação gerada pelo governo do estado. Além de Maurren, também estão confirmadas as presenças de grande parte dos mais de 150 atletas de alto rendimento que treinavam no estádio.
De acordo com a Farj, o Célio de Barros era utilizado por 15 equipes de atletismo. Além disso, cerca de 320 crianças, jovens e adultos são atendidos por projetos sociais, num total de quase 500 atletas que treinavam no espaço diariamente. Todos perderam o local de treinamento no dia 10 de janeiro, quando foi fechado.
Atletas e treinadores afirmam que a possível derrubada do Célio de Barros apagará uma parte importante da história do atletismo nacional. Fundado em 1954, ele possui a primeira pista oficial de 400m do Brasil e a primeira de material sintético da América Latina, sendo espaço de treinamento para lendas do esporte, como Adhemar Ferreira da Silva, João do Pulo, Joaquim Cruz, Robson Caetano, Zequinha Barbosa, Nelson Prudêncio, entre outros.
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