Com recorde de Terezinha, Brasil domina e garante 2 medalhas nos 100 m
4 set2012 - 08h38
(atualizado às 10h53)
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Danilo Vital
Direto de Londres
Após a dobradinha de Terezinha Guilhermina e Jerusa Santos nos 200 m rasos T11 (para atletas deficientes visuais), a final dos 100 m rasos T11 também terá maioria brasileira no pódio. Isso porque, com a classificação de Terezinha Guilhermina - com direito a quebra de recorde paralímpico -, Jerusa Santos e Jhulia Santos à final da prova, que contará com apenas quatro atletas, o Brasil garantiu no mínimo duas medalhas na disputa.
Contando com 12 atletas divididas em três baterias, a eliminatória dos 100 m rasos T11 teve pleno domínio brasileiro. Na primeira disputa, Jerusa Santos dividiu a liderança com a chinesa Juntingxian Jia por boa parte do tempo, mas arrancou no fim, cravou 12s68 e terminou na primeira posição 19 centésimos à frente de sua rival, que marcou 12s87.
Na segunda classificatória, foi a vez de Terezinha brilhar. Com um ritmo alucinante, a brasileira abriu grande vantagem e terminou na primeira colocação com o tempo de 12s23, novo recorde paralímpico.
Já na terceira bateria, Jhulia do Santos, que ficou na quarta posição nos 100 m rasos T11, também apresentou um excelente desempenho, vencendo a disputa com 12s88, sua melhor marca pessoal.
A final dos 100 m rasos T11, que, além das três brasileiras, contará com a chinesa Juntingxian Jia, será realizada na próxima quarta-feira (05), às 16h17 (de Brasília). A disputa terá um "gostinho" de revanche para as brasileiras, que, nos 200 m rasos T11, perderam a oportunidade de formar um pódio completamente "verde-amarelo" por causa da asiática, que terminou na terceira posição após polêmica sobre ter sido puxada por seu atleta-guia quando estava próxima da linha de chegada.
Três vezes medalha de ouro em Jogos Olímpicos, José Roberto Guimarães conta com um parente representando o Brasil nas Paralimpíadas: o irmão, Fernando Lages Guimarães
Foto: Fernando Borges / Terra
Assim como Zé Roberto (treinador campeão olímpico em 1992, 2008 e 2012) Fernando Lages Guimarães é técnico de vôlei: da Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado
Foto: Fernando Borges / Terra
Fenando, porém, foge do "senso comum" e frisou que gosta de resgatar o parentesco
Foto: Fernando Borges / Terra
"Eu faço questão que as pessoas saibam, eu gosto que falem. 'O cara' é ele, o único tricampeão olímpico do Brasil. Não tem o menor problema. Eu até uso isso porque, para mim, é bom", disse Fernando
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"Não tem comparação. Mas isso só ajuda. Sou fã dele primeiro como homem. E eu espero que comparem mesmo. Se eu conseguir fazer um décimo que ele fez, está ótimo", complementou Fernando
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Fernando Lages Guimarães, aliás, compôs a comissão técnica da Seleção feminina de vôlei na Olimpíada de Pequim 2008: ele era fisioterapeuta
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Mas Fernando não caiu de paraquedas na Seleção masculina de vôlei sentado: no passado, ele desenvolveu um trabalho pioneiro com deficientes físicos chamado hipoterapia, com uso de cavalos
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"Estou tentando trazer modelo que dá certo para o vôlei de pé para o vôlei sentado", explicou
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Ainda não há perspectiva de atingir o patamar de Zé Roberto no vôlei sentado, mas ele já nota a evolução da equipe, que deu trabalho ao bicampeão paralímpico Irã na derrota desta segunda-feira
Foto: Fernando Borges / Terra
"Temos futuro bem legal pela frente", apostou Fernando Lages Guimarães