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Confederação Brasileira de Canoagem alerta para problemas de Itaipu para sediar a Olimpíada

6 ago 2013 - 09h43
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Após discussões para mudar o planejamento na construção da pista artificial de Canoagem Slalom no Complexo de Deodoro, no Rio de Janeiro e a declaração de que as disputas da modalidade poderiam ser transferidas para o Canal Itaipu, localizado em Foz do Iguaçu, a Confederação Brasileira de Canoagem se mostrou contrária à decisão.

De acordo com o presidente da Confederação, João Tomasini Schwertner, o problema desta mudança é que o projeto de Itaipu foi concebido há mais de 15 anos, onde os conceitos adotados para a construção de uma pista artificial eram distintos. Ele cita a construção executada no Lee Valley White Water Centre, local de competição usado nos Jogos Olímpicos de Londres e que hoje, apenas um ano depois, já é visto como um bem sucedido legado esportivo para a cidade.

- O problema é meramente técnico. Ocorre o seguinte: o projeto do Canal Itaipu foi concebido no ano de 1996/97, para um volume de água aproximado de 20m3/s, utilizando-se apenas de obstáculos fixos (pedras). Hoje o conceito é totalmente diferenciado, não se utilizam mais pedras e os obstáculos são móveis fabricados de plásticos. Esses obstáculos são movimentados no fundo do canal podendo a pista ser transformada em diferentes níveis técnicos. Este novo conceito começou nos Jogos Olímpicos de Sydney, depois foi utilizado em Atenas, Pequim e Londres - explicou Tomasini.

O Canal Itaipu ainda existe um problema quanto à limitação do volume de água, impedindo qualquer prática em patamar olímpico. Para o Canal Itaipu, hoje, tem sido liberado pelo meio ambiente apenas 9m3/s, o que deixa o local com pouca profundidade e com obstáculos expostos que invariavelmente quebram os equipamentos.

Por fim, outra limitação citada por Tomasini faz relação com o público. Em Londres-2012, durante os quatro dias de Canoagem Slalom, o complexo em Lee Valley teve um público médio de 11 mil pessoas por dia:

- Sabemos que o Canal Itaipu não suportará tantas pessoas assim, a não ser que muitas obras sejam realizadas e a mata lateral seja suprimida, o que será mais uma importante questão para ser resolvida junto ao IBAMA e o próprio Meio Ambiente da Itaipu Binacional.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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