A confissão de doping feita pelo ex-ciclista Lance Armstrong em uma entrevista televisiva à apresentadora americana Oprah Winfrey pode ser tão nociva para sua conta bancária quanto para a sua reputação. Uma empresa já anunciou que pretende pedir uma indenização de US$ 12 milhões (R$ 24,5 milhões) ao antigo heptacampeão da Volta da França, que perdeu todos os seus títulos devido ao uso de substâncias proibidas para melhorar o rendimento esportivo.
A texana SCA Promotions está exigindo a devolução dos prêmios pagos a Armstrong por suas vitórias na Volta da França. Isso inclui a quantia de US$ 5 milhões (R$ 10,2 milhões) referente ao título de 2004, quando Armstrong já estava sob suspeita de doping. A SCA inicialmente não quis pagar o prêmio, o que só ocorreu com a definição de um acordo judicial de 2006 - quando a quantia foi acrescida de US$2,5 milhões (R$ 5,1 milhões) em juros e custas advocatícias.
Armstrong passou anos negando as acusações de doping e nunca teve nenhum resultado positivo para substâncias proibidas em exames. Mas em outubro do ano passado um relatório da Usada (agência antidoping dos EUA) o apontou como consumidor e distribuidor de doping, o que o fez perder os sete títulos da Volta da França.
Em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, cuja primeira parte foi ao ar na quinta-feira, Armstrong finalmente admitiu ter consumido substâncias de melhoria do desempenho, como o hormônio EPO.
"As declarações de Lance Armstrong foram de deixar meus clientes de queixo caído, porque ele basicamente admitiu que tudo o que contou a nós em seu depoimento jurado era inverídico", disse Jeff Tillotson, advogado da SCA. "Ele não merece nem tem direito àquele dinheiro".
Juristas dizem que a confissão a Oprah pode resultar em outros problemas jurídicos para Armstrong, embora dificilmente levem à reabertura das investigações criminais contra ele.
"Agora que ele disse que ‘eu fazia aquilo o tempo todo', ele jogou fora aquela que seria a sua verdadeira defesa", disse Geoffrey Rapp, professor de Direito da Universidade de Toledo.
Além de vários processos civis já abertos, Armstrong pode enfrentar outras acusações de difamação por parte das numerosas pessoas que ele atacou durante os anos em que passou alegando inocência.
"Ele errou com essas pessoas. Algumas delas podem ter hesitado em ir atrás dele quando ele estava negando e tinha recursos para se defender em um processo. Eu não ficaria surpreso se houver alguns acordos extrajudiciais agora", comentou Rapp, que acompanhou o caso em detalhes.
Com o ex-ciclista dopado Lance Armstrong e o brasileiro Luiz Adriano, que desrespeitou o fair play durante partida do Shakhtar Donetsk na Liga dos Campeões, a revista americana Sports Illustrated listou os "antidesportistas" de 2012; veja os destaques negativos do esporte nos últimos meses
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14. New Orleans Saints "Os Saints foram tudo, menos santos", escreveu a revista. Em março deste ano, o coordenador de defesa Greg Williams foi denunciado por estabelecer um programa que recompensava jogadores que lesionassem adversários durante as partidas da NFL entre 2009 e 2011. Mais de 25 atletas foram lesionados por atletas dos Saints no período. Willians foi banido do esporte, enquanto outros atletas e o técnico Sean Payton também foram suspensos
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13. Jeffrey Loria Dono do Miami Marlins, franquia da Major League Baseball nos Estados Unidos, Loria negociou 12 jogadores depois de garantir que o novo estádio da equipe, orçado em US 634 milhões (R$ 1,3 bilhão), seja pago com financiamento público. Ao todo, os contribuintes da Flórida vão desembolsar 80% do valor, cercade de US$ 409 milhões (R$ 869 milhões)
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12. Steve Blake Steve Blake perdeu a cabeça durante uma partida do Los Angeles Lakers na NBA quando ouviu a cobrança das arquibancadas durante intervalo. "Você precisa acertar essas open balls", disse o torcedor. Blake respondeu com obcenidades e xingamentos que renderam multa de US$ 25 mil (R$ 53 mil)
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11. Melky Cabrera Melky Cabrera estava na metade daquela que prometia ser a melhor temporada de sua carreira no beisebol quando testou positivo para testosterona e foi suspenso por 50 jogos. Ele ainda criou um esquema envolvendo um site falso o qual tentou culpar, mas não teve a culpa reduzida e está fora do San Francisco Giants
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10. Kurt Busch Um das grandes personalidades da Nascar, Kurt Busch perdeu a cabeça ao ouvir uma pergunta capciosa de Bob Pockrass, um dos mais respeitados jornalistas da categoria. Irritado, o piloto ameaçou espancar o repórter com termos impublicáveis
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9. John Terry John Terry já era mal visto pelos ingleses depois de ser revelada a história de como traiu sua esposa com a namorada do companheiro de Chelsea, Wayne Bridge. A denúncia de racismo contra Rio Ferdinand, do Manchester United, foi o auge do antidesportismo do ex-capitão da seleção inglesa
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8. Cameron van der Burgh Cinco dias depois de conquistar a medalha de ouro nos 100 m peito, o sul-africano Cameron van der Burgh admitiu ter dado uma golfinhada extra além das permitidas. Provas de vídeo não podem ser utilizadas de forma retroativa para modificar o resultado das provas olímpicas, então ele ficou com a vitória apesar da vantagem indevida
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7. Christine Sinclair A vitória dos Estados Unidos sobre o Canadá na semifinal do torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos de Londres não passou de uma fraude. Segundo a canadense Christine Sinclair, o árbitro definiu o resultado da partida antes mesmo de ela começar. Meses depois do ocorrido, ela ainda diz não se arrepender de dar essa declaração polêmica
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6. Taoufik Makhloufi Uma lesão altamente contestável no joelho tirou Taoufik Makhloufi da briga por medalha nos 800 m nos Jogos Olímpicos de Londres. A suspeita de forjar o problema para se poupar para a final dos 1.500 m, para a qual era favorito, fez o Comitê Olímpico Internacional (COI) chegar a tirá-lo da disputa, mas Makhloufi acabou recolocado na prova e se sagrou campeão
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5. Philip Hindes Quando viu que a equipe de ciclismo da Grã-Bretanha começou mal uma prova no velódromo durante os Jogos Olímpicos de Londres, Philip Hindes desistiu de tentar a recuperação e caiu de propósito, forçando o reinício da prova. O antidesportismo deu a oportunidade de chegar à conquista do ouro
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4. Luiz Adriano O brasileiro Luiz Adriano chocou os torcedores na Liga dos Campeões, durante vitória do Shakhtar Donetsk sobre o Nordsjaelland: aproveitou bola devolvida por sua equipe para o adversário, um caso de Fair Play, para dominar, driblar o goleiro, que não esboçou reação, e marcar um dos gols da partida. O jogador acabou punido com uma partida de suspensão
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3. Raffi Torres Conhecido pela truculência com a qual atua na Liga Americana de Hoquei (NFL) pelo Phoenix Coyotes, Raffi Torres recebeu 25 partidas de suspensão por falta perigosa, na qual acertou o rosto de um adversário. Trata-se da terceira maior suspensão da história da liga
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2. Badminton olímpico Uma combinação de resultados durante o torneio feminino de badminton nos Jogos Olímpicos de Londres causou a exclusão de quatro duplas, por tentativa de manipulação das chaves de quartas de final
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1. Lance Armstrong Eleito pela Sports Illustrated o maior antidesportista do ano, o ciclista Lance Armstrong mereceu o título ao protagonizar um dos maiores escândalos de doping da história do esporte. O americano comandou esquema de dopagem, o que incluiu incentivo para que seus companheiros de equipe tomassem testosterona também, e assim perdeu todos os títulos - incluindo sete da Volta da França
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