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Contra história triste, Seleção finca pés no chão após vitória épica

8 dez 2011 - 08h18
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Duda Amorim relembra tropeços e espera que Seleção mantenha os pés no chão para avançar de fase
Duda Amorim relembra tropeços e espera que Seleção mantenha os pés no chão para avançar de fase
Foto: Edson Lopes Jr / Terra
Felipe Held
Direto de São Paulo

Depois de bater as francesas na terça-feira e garantir a classificação com duas rodadas de antecipação às oitavas de final do Campeonato Mundial feminino de handebol, a Seleção Brasileira quer reverter um histórico adverso para o time. Para não perder o foco e garantir a primeira posição do Grupo C, o time comandado por Morten Soubak quer mais do que manter os pés no chão: enraizá-los, a fim de evitar qualquer desconcentração em um momento chave da competição. E a grande prova será nesta quinta-feira, às 19h45 (de Brasília) no Ginásio do Ibirapuera

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O Brasil até agora venceu seus três compromissos no Mundial, realizado em São Paulo: derrotou Cuba, Japão e França e assumiu a liderança da chave. Contudo, apesar do triunfo heroico por 26 a 22 sobre as europeias na terça-feira não pode dar margem para que as atletas percam novamente o foco nos compromissos a seguir, como já aconteceu em outras ocasiões - inclusive há dois anos, no Mundial de 2009, quando a Seleção superou o próprio time francês na estreia, mas não conseguiu se classificar para a segunda fase.

"A nossa história é muito triste. Já aconteceu muito disso de ganharmos de uma Rússia, da própria França e depois perdemos um jogo muito mais fácil, teoricamente ganho", lembrou a veterana goleira Chana. "E esse passo do nosso histórico ainda não terminou, foi só o primeiro passo", acrescentou a camisa 1.

Armadoras titulares da Seleção e responsáveis por chamarem para si a responsabilidade nos momentos decisivos, Duda Amorim e Deonise também pregaram cautela ao comentarem sobre a empolgação brasileira. A dupla, porém, se manteve tranquila e exaltou o trabalho da comissão técnica chefiada pelo dinamarquês Morten Soubak.

"A vitória eleva o ânimo, mas às vezes até demais. Foi só um passo. Queremos fazer história neste Mundial, então temos que vencer nossos próximos jogos", apontou Duda. "Nosso grande passo mesmo será contra a Romênia. Por isso precisamos ter os pés enraizados no chão e, de pouquinho em pouquinho, subir os degraus que vamos encontrar", corroborou Deonise.

"O trabalho da comissão técnica também tem sido muito bom, e nossa psicológica tem dado um apoio enorme para a gente. Os fisioterapeutas também estão sempre a nosso serviço. É muito importante frisar o trabalho deles, que nos recuperam para os próximos jogos em muito pouco tempo", prosseguiu Deonise. "Eles nos dão um apoio incrível", prossegui Duda.

O próprio Soubak tem tratado de podar qualquer possibilidade de afobação da Seleção. Tanto que, logo depois da vitória sobre a França, conteve os ânimos de suas pupilas. "No jantar depois do jogo ele já puxou nossa orelha falando que não tínhamos ganhado nada ainda. Não é inédito para nós bater um time forte e depois perder um duelo em que temos obrigação de vencer. Precisamos continuar focadas, o primeiro lugar da chave seria importantíssimo", contou a pivô Dani Piedade.

O trabalho do dinamarquês, porém, não parece ser tão complicado assim. Pelo menos não de acordo com Chana, que não se cansa de exaltar o nível de maturidade do atual elenco brasileiro. "O grupo tem muita experiência, já que muitas atletas jogam na Europa e estão acostumada. Agora não é mais tão difícil focá-las. Temos sim o pé no chão", encerrou, otimista.

Fonte: Terra
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