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Abraçado em campo e vaiado fora, Mano tem adeus dividido

6 dez 2014 - 19h25
(atualizado às 19h54)
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Não parecia que se tratava do último jogo da segunda passagem de Mano Menezes pelo Corinthians. Durante a vitória por 2 a 1 contra o Criciúma, neste sábado, em São Paulo, o treinador não fez nada de diferente do de costume: se movimentou à beira do gramado, gritou e cobrou dos jogadores, como se fosse só mais uma partida no Campeonato Brasileiro. Mas o apito final trouxe o fim da jornada - que, se teve a meta cumprida com a vaga na Copa Libertadores da América e os abraços dos atletas, também contou com a vaia da torcida que não o quer mais no comando.

<p>Mano colocou Corinthians na pré-Libertadores do próximo ano</p>
Mano colocou Corinthians na pré-Libertadores do próximo ano
Foto: Leandro Martins / Futura Press

Mesmo antes de a partida começar, o recado já foi dado. Quando os jogadores do Corinthians foram anunciados, os aplausos foram crescendo gradativamente, até explodirem na hora do nome do ídolo máximo, o peruano Guerrero. Logo depois do centroavante, veio o nome de Mano. E as sonoras vaias que ecoaram pela Arena Corinthians se tornaram ainda mais poderosas pelo contraste com a festa que havia sido feita segundos antes.

O jogo começou com o Corinthians pressionando, Guerrero perdendo gols e Mano impassível no banco. Ganhar a partida era importante para ter a chance de ultrapassar o Internacional na tabela e jogar a Copa Libertadores sem precisar passar pela fase preliminar. O massacre alvinegro deu resultado aos 27min, quando Elias abriu o placar. Na comemoração, após festejar com os companheiros, o volante procurou Mano, apontando para o treinador e se demorando em um abraço que ambos sabiam ser de despedida.

No segundo tempo, o Criciúma empatou e Mano passou a se mexer mais. Chamou a atenção de Ralf, gritou com Fagner, cobrou mais atenção. Atrás dele, os torcedores mais próximos ao gramado da Arena já começavam o "ritual" de reclamar do técnico. Mas ele não teve culpa quando, após jogada bem trabalhada pela direita, Malcom perdeu mais um gol inacreditável na pequena área.

Foi até engraçado como a situação se reverteu totalmente em minutos, quando Fábio Santos fez bela tabela com Renato Augusto, invadiu a área e marcou um lindo gol para fazer 2 a 1. Imediatamente o estádio explodiu em festa; os torcedores atrás de Mano passaram a gritar e fotografar o técnico, que aplaudiu de volta; e o autor do gol, assim como Elias, procurou o comandante para um abraço particular.

A vitória em casa não foi suficiente para o dia terminar 100% feliz para o Corinthians, que terá que passar pela pré-Libertadores graças ao triunfo do Inter sobre o Figueirense. Mas certamente é mais triste para Mano Menezes, que apesar de reformular um elenco desgastado e entregar o time seis posições acima do ano passado, vai sair. E não apenas por disputas políticas dentro do clube, mas também porque a torcida não o quer.

A popularidade de Mano com os corintianos sai danificada por fatores como a eliminação na primeira fase do Campeonato Paulista, a queda na Copa do Brasil para o campeão Atlético-MG e um suposto estilo "feio" de jogo, que rendeu tropeços contra times da parte de baixo da tabela no Brasileiro. Valeria mais trocar o treinador ou dar a ele mais uma temporada para brigar por títulos? A decisão já está tomada, mas a resposta certa só será descoberta no ano que vem.

Fonte: Terra
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