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Andrés jura volta ao Corinthians em 2018: "para quebrar CBF"

28 fev 2014 - 09h47
(atualizado às 09h49)
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<p>Andrés em Itaquera: ele se intitula "pai, filho, avô e neto" do estádio do Corinthians</p>
Andrés em Itaquera: ele se intitula "pai, filho, avô e neto" do estádio do Corinthians
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Um dos jornais mais tradicionais da Europa, o suíço Neue Zürcher Zeitung (NZZ) realizou entrevista exclusiva com o ex-presidente corintiano Andrés Sanchez. A conversa foi cedida na íntegra para o Terra pelo jornalista Martin Helg* e traz uma revelação importante de Andrés, já sem esperanças de assumir o poder da CBF com Francisco Noveletto. Ele diz categoricamente que volta a presidir o Corinthians em 2018. 

Aos jornalistas suíços, com quem falou na Arena Corinthians, Andrés confirmou sua estratégia para tentar o poder no futebol brasileiro a partir do poder corintiano. A constatação foi feita depois dele visitar uma série de presidentes de federações estaduais e verificar que a eleição de Marco Polo Del Nero para suceder José Maria Marin na CBF já está praticamente sacramentada.   

Na entrevista cujos melhores trechos são reproduzidos abaixo, Andrés ainda faz críticas à administração de Mário Gobbi no Corinthians, a quem classifica como conservador. O ex-presidente também se intitula "pai, filho, neto e avô" do estádio que será inaugurado em Itaquera no mês de abril. 

Confira as melhores declarações de Andrés Sanchez ao jornal NZZ:

O que falta para a entrega do estádio

Estamos com os acabamentos finais do estádio. O mais demorado é a tecnologia de informação: o Corinthians tem o (sistema) dele já feito, mas a Fifa exige outro tipo de cabo. Isso está um pouquinho demorado.

O dono do estádio

Bonito é o Corinthians ter um estádio que há 103 anos era um sonho e ninguém conseguiu realizar. Sou o vô, o pai, o filho e o neto desse estádio. Aqui eu mando em tudo. O estádio está na minha responsabilidade. No clube sou um simples conselheiro e ex-presidente. É o Gobbi presidente.

Antes e depois de Andrés

Sob meu comando, o Corinthians não ganhou só títulos, mas projeção mundial. Saiu de 2008, de um faturamento de US$ 22 milhões, e entreguei para US$ 152 milhões. A marca Corinthians valia US$ 150 milhões de dólares. Entreguei valendo quase US$ 1 bilhão. Em cinco ou seis anos, o Corinthians estará entre os três clubes mais ricos do mundo. Tem o Corinthians antes de mim e depois de mim. Tem o Corinthians antes do Ronaldo e depois dele. E depois tem o Corinthians antes do estádio e depois do estádio.

<p>Andrés Sanchez e Mário Gobbi têm relação difícil nos últimos anos</p>
Andrés Sanchez e Mário Gobbi têm relação difícil nos últimos anos
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Gobbi é conservador

Falta comando. Falta uma pessoa forte. Time de futebol perde e ganha a vida toda. Mas a imagem e a administração não podem perder, e perdemos um pouco no último ano. É fácil recuperar. Gobbi delegou muito. Ele tem o pensamento mais conservador e o futebol do Corinthians precisa de risco. Tem que arriscar bastante para crescer.

Poder concentrado nas mãos das Federações Estaduais

O futebol brasileiro é muito arcaico. Muito atrasado. Para ser candidato à CBF, você depende muito de federações. Quem comanda são as federações. Por ter vindo de clube, tenho uma rejeição grande e muitos problemas. Os clubes deveriam mandar no futebol.

“Vou ser presidente em 2018 e quebrar todo o sistema”

Se os clubes ficam fortes, quebra o sistema. As federações sabem que vou romper com isso. Eu quebrei o Clube dos 13 e por isso saiu de R$ 20 milhões para R$ 100 milhões de tevê. Eu posso ser o presidente do Corinthians em 2018. Vou ser e vou quebrar todo esse sistema da CBF. Vou! Em 2018! Daqui quatro anos. Gobbi sai no fim do ano, entra outro e depois venho eu. Se eu entrasse hoje na CBF, faria composição para federações e clubes trabalharem juntos, mas não quiseram. Então vai ser na marra! Os clubes vão se revoltar, serão independentes e criarão uma liga.

Preço de ingressos

Foi pensado de 40% do estádio para preços populares, de R$ 40 para baixo. O mercado vai decidir o preço dos outros 60%. Vamos começar com alguns limites e, se tiver muita procura, aumenta. Se tiver menos, você abaixa. Depois da Copa, são 32 mil pessoas na arquibancada e 20 mil pessoas em VIPS e camarotes. Essas 20 mil precisam subsidiar o resto. A diferença estará nos serviços, mas o padrão do banheiro, do piso, é tudo igual.

<p>Andrés Sanchez quer poder para os clubes no futebol brasileiro</p>
Andrés Sanchez quer poder para os clubes no futebol brasileiro
Foto: Terra
Como Arena Corinthians será rentável

Nós do Corinthians fomos na Europa ver os grandes estádios. Na Europa, nos Estados Unidos, e  adaptamos o mais moderno ao Brasil. É um shopping center com um campo no meio. Foi tudo pensado em como vender (ingressos) e como ganhar dinheiro. São 60 lojas, algumas abertas sempre, e todas durante os jogos.

Metrô Itaquera

O povo brasileiro tem que se acostumar a andar de transporte público. De metrô do centro até Itaquera são 17 minutos. O Morumbi não tem metrô e nem trem. Aqui tem metrô a 100 metros e trem a 300 metros.

70 mil lugares na Arena Corinthians?

Pode aumentar de novo o estádio até 70 mil. Depois da Copa, serão 50 mil lugares, mas a estrutura está toda pronta para fazer até 70 mil. Conforme nosso (programa) sócio torcedor for crescendo, você constrói (os novos lugares) fixos.

* Os áudios da entrevista foram cedidos pelo jornalista do diário suíço Neue Zürcher Zeitung (NZZ).

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Fonte: Terra
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