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Após "fico", Paulinho vive dia de figurante em vitória do Corinthians

31 jan 2013 - 00h30
(atualizado às 09h09)
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A torcida do Corinthians esperava um reencontro animado com os titulares na noite desta quarta-feira, quando o time recebeu o Mogi Mirim no Estádio do Pacaembu pela quarta rodada do Campeonato Paulista. E com a vitória alvinegra por 2 a 1, os torcedores não puderam reclamar, depois de três partidas com os reservas em campo pela competição. Mas um jogador ficou devendo: Paulinho, sumido no jogo, nem de longe mostrou a versatilidade à qual a torcida se acostumou.

Mesmo sem se destacar no jogo, Paulinho pôde festejar vitória do Corinthians
Mesmo sem se destacar no jogo, Paulinho pôde festejar vitória do Corinthians
Foto: Eduardo Viana / Agência Lance

Não era um jogo comum para o volante. Na véspera do duelo, Paulinho recebeu uma oferta da Inter de Milão para se transferir ainda nesta semana. No mesmo dia, recusou o montante – que seria de cerca de 20 milhões de euros. Em entrevista coletiva, elogiou o time italiano, mas alegou estar feliz no clube paulista. Consultou a diretoria e a família, deixou de lado a vantajosa oferta financeira e preferiu pensar nas chances de continuar na Seleção Brasileira. Ganhou elogios de Tite, que destacou o esforço da diretoria em mantê-lo.

“O Duílio (Monteiro Alves, diretor-adjunto) conversou comigo. É um clube chega onde chega porque tem grandes comandantes. O Corinthians tem que estar muito orgulhoso das pessoas que comandam o Corinthians, pela conduta que eles têm. O Paulinho se mostrou muito comprometido com a equipe. Perguntei a ele: por que a gente ganhou tudo que disputou. Ele disse: porque somos amigos”, declarou o treinador após o jogo.

A torcida bem que fez sua parte no jogo desta quarta-feira e retribuiu a decisão do volante. Antes do pontapé inicial, quando os titulares do técnico Tite eram anunciados pelo sistema de som do Pacaembu, o camisa 8 foi o mais aplaudido – mais até do que o peruano Paolo Guerrero, autor do gol que deu o título do Mundial de Clubes de 2012 na vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea. O que se viu a partir daí, no entanto, foi um Paulinho pouco aclamado, com atuação discreta.

Havia, no entanto, uma expectativa que justificaria tal apresentação. Ainda em sua entrevista da terça-feira, Paulinho disse estar ansioso e advertiu sobre a possibilidade de sentir falta de ritmo de jogo. Pouco mais de 24 horas depois, a ansiedade e a falta de ritmo, de fato, parecem ter pesado no jogo do camisa 8. Exemplo disso: aos 8min do primeiro tempo, enquanto conduzia a bola lentamente pela direita, foi presa fácil para o desarme do meia Wagner.

Paulinho ainda voltava do meio de campo quando um cruzamento rasteiro pela direita abriu o placar para o Mogi, aos 10min do primeiro tempo, graças aos desvio de Henrique. Pouco acionado, o volante se ocupava mais em argumentar com a arbitragem – nos primeiros 20min, foram duas faltas em Jorge Henrique, uma em Alessandro e um impedimento, devidamente assinalados, nos quais o camisa 8 levantou o braço para pedir o apito de José Cláudio Rosa Filho.

Enquanto o Corinthians crescia em jogadas individuais, o volante ia perdendo espaço na movimentação do time, e só apareceu bem de novo aos 38min, quando a torcida pediu um pênalti sobre ele. Não saiu o pênalti, mas saiu a virada do Corinthians: Jorge Henrique desviou cruzamento de Emerson aos 43min do primeiro tempo, e Fábio Santos converteu pênalti sofrido aos 6min do segundo tempo.

Ao longo de toda a etapa final, o jogador voluntarioso que o torcedor corintiano conhece não foi visto. Com dois a mais em campo, uma vez que o Mogi teve dois atletas expulsos, o Corinthians tocava bola. Paulinho apenas participava, olhava. Tentou subir a área no fim do jogo, mas sem receber o passe. No fim, deixou o campo de maneira discreta, em meio à festa do torcida – festa na qual ele tentará ser mais participativo no domingo, contra o Oeste de Itápolis, também no Pacaembu.

Fonte: Terra
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