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Arena Corinthians: entenda laudo da Odebrecht sobre acidente

Com intenção de se defender, construtora elaborou um estudo de mais de mil páginas, mas que pode ser resumido em cinco pontos básicos

17 abr 2014 - 08h33
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<p>Entre as imagens do laudo, construtora só divulgou uma foto panorâmica do estádio</p>
Entre as imagens do laudo, construtora só divulgou uma foto panorâmica do estádio
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Construtora da Arena Corinthians, a Odebrecht nega que tenha sido responsável pelo acidente que matou dois operários no ano passado. A empresa se defendeu das acusações com um laudo apresentado nesta quarta-feira. O documento apresenta diversos fatores que descartam a hipótese de um problema no solo onde estava apoiado o guindaste.

O laudo de defesa da Odebrecht foi elaborado inicialmente por Roberto Kochen e depois certificado por mais três especialistas em engenharia de solo. O estudo possui mais de mil páginas e pode ser resumido em cinco pontos que tentam provar que só há duas possíveis causas para o acidente - erro de operação ou problema na máquina. Vale lembrar que um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) teve conclusão diferente e culpou o solo pelo ocorrido, mas foi ignorado pela Odebrecht.

Veja detalhes do laudo da Odebrecht:

Forma da queda já serve como prova

Um dos engenheiros que avaliaram o laudo, Alberto Henriques Teixeira, destacou que "a própria forma da queda da lança do guindaste demonstra a não ruptura do solo". Ou seja, de acordo com ele, basta ver imagens do acidente para concluir que a Odebrecht não teve culpa no ocorrido. Porém, a construtora não divulgou todas imagens do laudo, alegando que isso poderia interferir no sigilo da investigação.

<p>Solo do guindaste não foi afetado pelas fortes chuvas de São Paulo, de acordo com laudo da construtora</p>
Solo do guindaste não foi afetado pelas fortes chuvas de São Paulo, de acordo com laudo da construtora
Foto: Bruno Santos / Terra
Água não amoloceu o solo

Simulações feitas com terreno úmido comprovaram que o solo era muito impermeável. Na época do acidente, a cidade de São Paulo sofria com muitas chuvas, mas o estudo aponta que a água foi drenada pelas laterais e não afetou o solo.

Piso não deixou guindaste escorregar

A parte superior do aterro onde estava o guindaste chama-se pista de material granular. De acordo com o laudo, esse local estabilizou adequadamente o guindaste, sem deixá-lo escorregar por causa do peso da estrutura.

Não houve inclinação anormal

A construtora mostrou ilustração para provar que o guindaste não estava além do limite imposto pela fabricante do guindaste. Esse limite é calculado por um software e, de acordo com Kochen, seria necessário haver uma inclinação quatro vezes maior para comprovar que houve problema no solo.

Solo não rompeu por pressão da máquina

O peso do guindaste gera uma pressão enorme no solo, mas isto não pode alcançar aterro antigo, terceira camada do solo. De acordo com laudo da Odebrecht, a pressão só alcançou o aterro compactado, o que é normal e não contribui para rompimento do solo.

Fonte: Terra
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