BNDES libera R$ 400 milhões para novo estádio do Corinthians
11 jul2012 - 16h24
(atualizado às 17h17)
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta quarta-feira a liberação de um financiamento de R$ 400 milhões para a construção do novo estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo, que receberá a partida de abertura da Copa do Mundo de 2014.
A liberação dos recursos será feita por intermédio do Banco do Brasil para uma sociedade de propósito específico (SPE) criada para a construção da arena e da qual faz parte a Odebrecht, empresa responsável pela obra.
O novo estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo, deve ter capacidade para 48 mil pessoas. Para o Mundial 2014, serão colocados mais 20 mil assentos removíveis para atender às exigências da Fifa para o palco que recebe a abertura.
Segundo a Odebrecht, as obras foram orçadas em R$ 820 milhões. Os trabalhos começaram em maio do ano passado e estão mais de 40% concluídos. A previsão é de que o estádio esteja pronto até dezembro de 2013.
O Itaquerão não receberá partidas da Copa das Confederações, marcada para meados do ano que vem e que servirá como evento-teste para a Copa do Mundo. Os estádios de Cuiabá (R$ 393 milhões), Fortaleza (R$ 351,5 milhões), Natal (R$ 396,5 milhões) e Salvador (R$ 323,7 milhões) também foram contemplados pelo programa.
Completa nesta quinta-feira, 5 de julho, 30 anos da derrota do Brasil para a Itália na Copa do Mundo da Espanha em 1982, batizada desde então como o Desastre de Sarriá, em referência ao nome do Estádio do Espanhol (Barcelona), demolido em 1997, onde a partida aconteceu. Neste especial, o Terra relembra personagens e histórias que marcaram a maior derrota brasileira desde a Copa de 1950. Confira:
Foto: AFP/Getty Images/Getty Images / AFP
Galinho no auge Ao chegar ao Mundial da Espanha em 1982, o segundo de sua carreira, Zico vivia o auge de sua carreira. O meia - que vinha das conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes (1981) e de dois Brasileiros (1980 e 1982) pelo Flamengo -, apesar da derrota no Sarriá fez um torneio inspiradíssimo, guiando o toque de bola encantador da equipe, e sendo artilheiro do Brasil, com quatro gols
Foto: AFP
Doutor, capitão e maestroO ano de 1982 marca o auge técnico e carismático na carreira de Sócrates, corintiano grandalhão (1,90 m) que comandava ao lado de Zico o meio de campo do Brasil. Ao final daquele ano, Sócrates contaria com o título do Campeonato Paulista sobre o São Paulo e com excelente atuação no Mundial da Espanha. O meia marcou gols nas partidas mais difíceis para o Brasil, na vitória por 2 a 1 sobre a URSS, na estreia, e na derrota fatídica contra a Itália
Foto: Gertty Images
Preparação impecávelA Seleção vinha de preparação impecável e fizera campanha perfeita nas eliminatórias, com quatro vitórias em quatro jogos, contra Venezuela e Bolívia. Além dos triunfos nas eliminatórias, Brasil vinha de várias vitórias contra seleções de expressão, como a Alemanha
Foto: Gertty Images
Paciência esgotadaA derrota em 1982 causou de uma maneira geral mais comoção que irritação, mas para João Saldanha, jornalista e técnico da Seleção na preparação para a Copa de 1970, o derrota foi implacável com a derrota. "Perdemos, paciência. Campeão moral? Pra mim não me serve. Campeões da burrice. É, campeões da burrice tática. Esse título me parece mais apropriado. Era o que eu tinha a dizer", disse Saldanha em sua coluna no Jornal do Brasil, na époc
Foto: Gertty Images
Rebelde domadoA participação de Serginho no time brasileiro no Mundial de 1982 é das mais controvertidas. O centroavante, destaque da estrelada equipe do São Paulo, conhecida como A Máquina no começo dos anos 80, conta que sua participação na Copa foi prejudicada por ter, segundo ele próprio, sido domesticado demais para enquadrar-se na rígida disciplina do técnico Telê Santana
Foto: Gertty Images
Voa CanarinhoO lateral Júnior foi um dos grandes nomes da equipe brasileira em 1982, com destaque para a partida contra a Argentina, em que marcou o terceiro gol na vitória por 3 a 1. Mas o ídolo flamenguista também é lembrado por ter gravado antes do Mundial a canção que viraria tema do Brasil na Copa: Voa Canarinho
Foto: Gertty Images
Maradona dá chiliqueDuelo mais memorável do Brasil naquela Copa, a partida contra a Argentina foi marcada pelo futebol exuberante da Seleção, mas a vitória sobre os rivais sul-americanos teve outro destaque. Diego Maradona, frustrado e impotente diante da superioridade brasileira, perdeu a cabeça, agrediu o meio campo Batista e foi expulso de campo
Foto: AFP
Vitória dá forçaA Itália chegara ao Grupo C da segunda fase com três empates em três jogos (contra Polônia, Camarões e Peru), em campanha pífia até aquele momento e que provocara uma greve de silêncio dos atletas com a imprensa do país. A partir da vitória por 2 a 1 sobre a Argentina, porém, o time engrenou, desbancou o Brasil e acabou batendo a Alemanha na decisão
Foto: Getty Images
Igualando o BrasilA vitória contra o Brasil significou também a equiparação das duas seleções em número de títulos mundiais. A Itália, que perdera a chance contra o Brasil em 1970, conseguiu, finalmente, o tri em 1982, se igualando aos brasileiros como maiores da história das Copas
Foto: Getty Images
Consagração após escândaloO título mundial foi a redenção não apenas do futebol italiano, mas significou também uma recuperação de prestígio profissional e pessoal para os atletas daquele país, em especial o atacante Paolo Rossi, artilheiro da Copa com seis gols e autor de três contra o Brasil. Rossi passara mais de um ano suspenso do futebol por envolvimento com a máfia das apostas
Foto: Getty Images
Título muda o futebolA vitória da Itália sobre o Brasil é traumática não apenas para o torcedor do Brasil, mas também para o próprio futebol. Os 3 a 2 no Estádio Sarriá são considerados para muitos um marco que separa a era do futebol arte da era do futebol força